Mercadante afirmou que o Brasil tem vulnerabilidade fiscal importante, e precisa ter muita responsabilidade nesse cenário. O País bateu recorde de arrecadação com impostos em setembro, com R$ 203 bilhões, o que ajuda a conseguir um superávit fiscal, mas o presidente do BNDES disse que é preciso ser realista. "Vamos ter que cortar despesas", afirmou na abertura de evento da Bloomberg em São Paulo, que conta com a presença do fundador do grupo, Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York.
"Temos um grande desafio fiscal. Precisamos manter o crescimento para resolver o fiscal do Brasil", disse Mercadante, falando que os pessimistas estão constantemente errando "demais" as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), que têm tido revisões recentes para cima. "Vamos disponibilizar linha de crédito para essas pessimistas comprarem calmantes", brincou Mercadante.
Ainda sobre o fiscal, Mercadante ressaltou que o BNDES está fazendo sua parte para conseguir melhores indicadores nas contas públicas. Vai pagar ao governo R$ 25 bilhões em dividendos este ano, 150% do lucro do banco. Ao Tesouro, fora os impostos, vai pagar mais de R$ 40 bilhões este ano. "Queremos ajudar no arcabouço fiscal."
Mercadante disse que não falaria sobre juros. "Vou ficar mudis, mas a Faria Lima está surdis", disse ele, cobrando um diálogo mais "sincero, positivo e construtivo" sobre as taxas de juros no Brasil.
(Com Agência Estado)
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