O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, avalia que o resultado pode ter relação com a alta da taxa de juros pelo Banco Central.
"O ICEI vinha de duas altas consecutivas antes da estabilidade vista em outubro, que é o primeiro mês depois da elevação da taxa de juros. Como a avaliação dos empresários sobre as condições atuais e sobre as expectativas para a economia brasileira interrompe a trajetória de alta e estaciona em patamar negativo, é possível que isso esteja atrelado à alta da taxa Selic", afirma Marcelo Azevedo.
Com relação aos componentes do ICEI, o índice de condições atuais ficou em 48,8 pontos em outubro, ante 49 pontos registrados em setembro. "Ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos, ele ainda demonstra percepção de piora das condições atuais por parte dos empresários da indústria", destaca a CNI. No mês, a avaliação dos industriais quanto ao momento das próprias empresas passou de 51,3 pontos para 51,1 pontos. Já a percepção sobre a economia passou de 44,4 pontos para 44,2 pontos.
Já o índice de expectativas ficou em 55,4 pontos em outubro, mesmo patamar do mês anterior. A avaliação dos empresários da indústria para a economia nos próximos seis meses passou de 49,1 pontos para 49,2 pontos. A confiança com relação ao futuro próximo de seus próprios negócios ficou estável em 58,5 pontos.
A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 7 de outubro, com 1.248 empresas, sendo 483 de pequeno porte, 462 de médio porte e 303 de grande porte.
(Com Agência Estado)
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