O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que as duas altas consecutivas do ICEI - em agosto e setembro - afastaram o indicador da linha divisória de 50 pontos, o que indica maior otimismo entre os industriais.
"Os empresários mostram mais confiança e essa confiança está mais disseminada. É importante lembrar também que todos os componentes que formam o ICEI subiram nessa passagem de agosto para setembro. Tanto a avaliação das condições atuais, quanto das expectativas cresceu e isso impulsionou a melhora da confiança", afirma o gerente.
Em setembro, o índice que mede as expectativas dos industriais com relação às condições atuais avançou 1,8 ponto, para 49,0 pontos. "Ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos, ele ainda demonstra percepção de piora das condições atuais por parte dos empresários da indústria, porém em menor intensidade que em agosto", destaca a CNI. Com relação à economia brasileira, o índice de condições atuais cresceu 3,8 pontos, para 44,4 pontos.
O Índice de Expectativas também avançou 1,5 ponto, para 55,4 pontos em setembro. "Ao subir para mais acima da linha divisória dos 50 pontos, ele indica mais otimismo dos empresários industriais em relação aos próximos seis meses", destaca a CNI. O índice de expectativas com relação à economia brasileira avançou 2,9 pontos, para 49,1 pontos.
A pesquisa destaca que, embora os índices que acompanham a percepção dos industriais para a economia presente e futura ainda estejam abaixo da linha de 50 pontos, este foi o segundo mês consecutivo em que a avaliação dos empresários sobre a economia do País melhora.
"O PIB do segundo trimestre surpreendeu positivamente, com relevante participação do setor industrial, o que é uma boa notícia para o empresariado. Isso pode ter influenciado tanto a avaliação das condições atuais quanto das expectativas. Em termos de produção, emprego e mesmo de intenção de investimentos, a indústria vem registrando dados positivos, o que certamente melhora a confiança", conclui.
A pesquisa da CNI foi feita entre os dias 2 e 6 de setembro, com 1.207 empresas, sendo 488 de pequeno porte, 441 de médio porte e 278 de grande porte.
(Com Agência Estado)
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