Segundo a Unctad, os serviços foram o principal motor do crescimento, com alta de 9% no ano, adicionando US$ 700 bilhões ao valor total - quase 60% do crescimento global. O comércio de bens cresceu 2%, contribuindo com US$ 500 bilhões.
A maioria das regiões registrou crescimento positivo, exceto Europa e Ásia Central. Setores como agronegócio, tecnologia da comunicação e transporte tiveram ganhos, enquanto energia, vestuário e extrativos desaceleraram.
No entanto, o ritmo de crescimento desacelerou no segundo semestre. No quarto trimestre, o comércio de bens cresceu menos de 0,5% sobre o trimestre anterior, e os serviços avançaram apenas 1% na mesma base de comparação. A inflação do comércio global ficou próxima de zero, com preços dos bens estabilizados no último trimestre, indicando que os efeitos da alta inflação pós-pandemia chegaram ao fim.
As economias em desenvolvimento superaram as desenvolvidas em 2024, com importações e exportações crescendo 4% no ano e 2% no quarto trimestre sobre o anterior, impulsionadas principalmente pelo Leste e Sul da Ásia. O comércio Sul-Sul expandiu-se 5% no ano e 4% entre o terceiro e o quarto trimestre. China e Índia superaram as médias globais, enquanto Rússia, África do Sul e Brasil tiveram desempenho fraco na maior parte do ano, com alguma melhora no quarto trimestre.
Já as economias desenvolvidas tiveram comércio estagnado, com importações e exportações praticamente planas no ano e queda de 2% no último trimestre. Os desequilíbrios comerciais de bens se ampliaram, com o déficit dos EUA com a China atingindo US$ 355 bilhões, aumento de US$ 14 bilhões no quarto trimestre, e o déficit com a União Europeia (UE) subindo US$ 12 bilhões, para US$ 241 bilhões.
A Unctad ressalta que, embora o comércio global permaneça forte, a incerteza para 2025 é significativa, com mudanças políticas e econômicas globais criando um cenário desafiador para o próximo ano.
(Com Agência Estado)
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