A China introduziu um pacote fiscal de 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) em novembro para lidar com a dívida do governo local e o mercado imobiliário. Mas os investidores estavam esperando por mais - em detalhes e suporte. Essa espera pode chegar ao fim em 2025, com analistas prevendo que as autoridades oferecerão detalhes sobre pacotes fiscais e estímulos em março, durante o Congresso Nacional do Povo, a tempo de proteger Pequim das novas tarifas de Trump.
Por enquanto, a maioria dos estrategistas geopolíticos espera que o novo governo Trump aumente as tarifas nos primeiros 100 dias no cargo, embora o cenário base da maioria seja de uma implementação em etapas, ao invés de aumentar as tarifas para 60% sobre todas as importações chinesas, como o presidente eleito dos EUA ameaçou.
Os estrategistas não descartam um acordo que impeça uma batalha tarifária maior, especialmente com conselheiros de Trump como o CEO da Tesla, Elon Musk, que tem muito investido no relacionamento EUA-China.
Um acordo seria positivo para os mercados chineses e bem-vindo para autoridades cuja prioridade é estabilizar a economia. Mas as ações chinesas podem se beneficiar de qualquer maneira: quanto maior a ameaça tarifária, mais Pequim terá que oferecer suporte. As autoridades chinesas também estão preparadas para responder de forma mais contundente à primeira onda de tarifas e até mesmo às restrições tecnológicas impostas pelo governo Biden.
Entre as ações chinesas que podem se beneficiar estão o Trip.com Group, que está posicionado para ganhar com a disposição das famílias chinesas de gastar em viagens no país e no exterior, a Tencent Holdings, que pode ver uma retomada na publicidade se a economia ganhar força e a Beike Holdings, o principal portal de transações imobiliárias na China.
Por outro lado, muitos investidores globais ainda duvidam que os ganhos serão sustentáveis no longo prazo, a menos que Pequim faça reformas para resolver seus problemas estruturais. Fonte: Dow Jones Newswires.
(Com Agência Estado)
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