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Economia Quinta-feira, 03 de Outubro de 2024, 12:15 - A | A

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Quinta-feira, 03 de Outubro de 2024, 12h:15 - A | A

Ceron defende medidas para ter estabilização da dívida em nível abaixo de 80% do PIB

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quinta-feira, 3, ser importante que o País adote medidas para estabilizar a dívida pública "idealmente" num patamar ligeiramente inferior a 80% do Produto Interno Bruto (PIB). "Seria um grande resultado".

Ceron lembrou que a equipe está refinando os dados da nova trajetória, afetada, segundo ele, pelo aumento da taxa de juros, com estabilização que ronda entre 81% e 82% do PIB em 2028, como mostrou recentemente o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Estabilizar é o grande objetivo da política fiscal, sem dúvida nenhuma, estabilizar e depois começar a reduzir, o quanto mais próximo ou inferior a 80%, melhor. Então, como eu disse, agora é o momento de uma reflexão na sociedade do que falta fazer para a gente dar esse meio passo para o país recuperar o grau de investimento", afirmou o secretário.

Ele defendeu também o debate sobre as medidas necessárias que conduzam a trajetória da dívida para uma estabilização, o que envolve um processo de crescimento das despesas obrigatória que seja compatível com o arcabouço fiscal.

"É um necessário debate do quão importante é aproveitar essa oportunidade e fazer as medidas necessárias para que o país possa dar esse meio passo e mudar de patamar e voltar até o grau de investimento", disse Ceron, para quem a discussão fiscal no Brasil ganha uma nova dimensão pela perspectiva de o País recuperar seu grau de investimento.

O secretário também defendeu que o governo está "muito atento" à gestão da dívida para tornar o mercado doméstico mais atrativo para os não-residentes. "Precisamos de estratégia coordenada na gestão da dívida tendo em vista retomada de grau de investimento. Isso tende a criar um fluxo de entrada de capital já se antecipando ao grau de investimento, se ele for crível", avaliou.

(Com Agência Estado)

 

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