"Nesse momento eu entendo que as reservas estão em níveis confortáveis com essa política, ali tem tranquilidade, os poucos momentos onde eu tenho tranquilidade ali é por conta disso", afirmou o diretor.
Indagado sobre a composição, David disse que a maior parte das reservas está em dólares porque esse colchão tem de estar na moeda dos passivos esperados, seja das empresas ou do governo. "Por hora, o dólar ainda é a moeda majoritária dos nossos passivos externos e também a moeda majoritária dos nossos termos de troca", explicou.
O diretor ponderou, no entanto, que a composição das reservas pode ser atualizada ao longo do tempo, por decisão da diretoria colegiada. "O que vai nos pautar é a evolução do mercado internacional em termos de troca, se vai ou não alterar a moeda de troca", afirmou.
Intervenções
Nilton David disse também que a autarquia usa diferentes instrumentos para intervir no mercado de câmbio, a depender da disfuncionalidade observada. Os swaps cambiais endereçam disfuncionalidades no mercado de derivativos, e as intervenções à vista, no mercado spot.
"O objetivo do Banco Central é ser o mais eficaz possível, para ser o mais cirúrgico possível, para endereçar a questão diretamente aos participantes onde o mercado viu essa disfuncionalidade", comentou ele.
Para o diretor, as oscilações recentes vistas no cupom cambial do Brasil estão em linha com a volatilidade dos mercados à vista e futuro.
David explicou que o BC observa o cupom como um indicador de qual é o custo para aportar recursos no Brasil.
Impulso fiscal
No mesmo evento, o diretor repetiu que a autarquia não projeta o impulso fiscal futuro nos seus modelos. "Não existe uma variável dummy para colocar surpresas, isso também é capturado da mesma forma que o câmbio", afirmou.
Pouco antes, David explicou que o BC não projeta variação futura do câmbio, que é obtida olhando as expectativas de inflação do Focus.
(Com Agência Estado)
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