A pasta comandada pelo vice-presidente é uma das principais responsáveis pela negociação do acordo anunciado nesta sexta-feira.
O ministro afirmou também que "dificilmente" os termos do tratado teriam sido concluídos sem o papel exercido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Alckmin preferiu não cravar uma data para a assinatura do acordo, destacando que há uma série de etapas que precisam ser cumpridas para que o tratado entre em vigor. Ao ser questionado sobre a reação de empresas europeias contrárias a flexibilização comercial entre os blocos, o ministro destacou que agora nenhum país poderá trabalhar para alterar os temos do acordo. Ele também respondeu esperar que a resistência de países europeus, como a França, seja resolvida.
"O acordo é sempre, é um ganha-ganha, mas onde você abre mão de alguma coisa, ganha de outro lado, tem uma vantagem comparativa aqui, tem uma dificuldade ali, mas acho que vamos superar", disse o ministro.
Alckmin avaliou ainda que a conclusão das negociações caminharia independente do resultado das eleições americanas. "Qualquer que fosse o resultado da eleição americana, eu diria que o acordo caminhou bem, o entendimento avançou. Ele é bom para o Mercosul, para os nossos países aqui do Mercosul, é bom para a União Europeia, mas é bom para o mundo. É bom para a geopolítica mundial. No momento de fragmentação, no momento de tensão política no mundo inteiro, dois grandes blocos abrirem mercado, celebrarem um tratado, uma grande parceria", respondeu o ministro.
Ele também classificou positivamente a postura do governo argentino em torno do acordo, sob a presidência de Javier Milei. "A Argentina é um país importante, é a segunda economia no Mercosul, um país que exporta também bastante e tem interesse", disse.
(Com Agência Estado)
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