A expectativa de crescimento no período se ampara pela perspectiva de aumento da classe média da região, que passará a representar dois terços da população em 2043. Com isso, a Airbus avalia que haverá maior demanda tanto para viagens de lazer como para as de negócios.
Entre os países, o Brasil se destaca no levantamento, devendo crescer acima da média. Na América Latina, espera-se um aumento de 0,48 viagens per capita verificados em 2023 para 0,94 de viagens per capita em 2043. Atualmente a taxa brasileira está em 0,4 e, conforme a Airbus, deve alcançar 1 em 2043.
O estudo revela que o tráfego doméstico e internacional de passageiros em toda a região deve crescer a uma taxa anual de 5,5% até 2027, como resultado da recuperação da pandemia. A médio e longo prazo, o tráfego irá voltar às tendências pré-pandêmicas com uma taxa de crescimento anual de 3,6% entre 2028 e 2043.
A companhia destaca que, com a frota regional quase duplicando até 2043, a mão de obra será fundamental. A projeção é de que haverá um acúmulo de demanda por 136 mil profissionais adicionais nos próximos 20 anos, incluindo 46 mil novos técnicos, 36 mil novos pilotos e 54 mil novos tripulantes.
A Airbus já vendeu mais de 1.300 aeronaves na América Latina e no Caribe e lidera o mercado de aviação comercial. Cerca de 800 unidades estão em operação em toda a região, com quase 500 em backlog - pedidos que ainda serão entregues. Das novas entregas para atender o mercado até 2043, a empresa projeta que 90% continuarão a ser aeronaves de corredor único e 10% aeronaves de fuselagem larga.
*O repórter viaja a convite da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta).
(Com Agência Estado)
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