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Cidades Segunda-feira, 09 de Maio de 2022, 17:54 - A | A

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Segunda-feira, 09 de Maio de 2022, 17h:54 - A | A

REVOLTA MORADORES

Tarifa de água e esgoto de VG sofre reajuste de mais de 17%

Várzea Grande sofre um problema crônico de falta d"água há anos, além de baixos investimentos no saneamento básico

MÁRCIA TOMAZ
Da Redação

Os moradores de Várzea Grande foram surpreendidos, na manhã desta segunda-feira (9), com a notícia do reajuste na tarifa de água e esgoto de 17,7%, aprovado pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico (CMSB). A resolução foi publicada no Diário Oficial dos Municípios, que circula nesta segunda.

Várzea Grande sofre um problema recorrente há anos com falta de água e mesmo sem o produto nas torneiras e poucos investimentos no saneamento básico, os moradores vão ter que arcar com o reajuste de 17,7%. A notícia revoltou os habitantes da cidade, visto que o desabastecimento de água é um problema crônico que se arrasta há anos.

A empresária, Laura Divina, moradora do bairro Jardim Maringá 3, relata que chegou a ficar sete dias sem água nas torneiras e que o caminhão-pipa da prefeitura, disponível para fornecimento de água aos moradores, não atendeu a região.
Segundo ela o reajuste é inviável, visto que mesmo durante o período de chuva, falta água. Nos dias atuais, o bairro recebe água três vezes na semana. Acrescenta que o cheiro de esgoto é predominante no bairro.

"Esse reajuste é um absurdo, aqui vem água três vezes na semana. Eu tenho um salão de beleza e trabalho diretamente com água e vivo sem água, tenho que comprar caminhão-pipa. Agora, como eles querem aumentar um serviço que a gente não tem?”, reclamou.

A cidade conta hoje com cinco Estações de Tratamento de Água (ETAs) em funcionamento e outras duas ETAs devem ser construídas pela atual gestão.

A aposentada Matildes da Silva, moradora do Engordador, relata que não concorda com o reajuste da tarifa. Segundo ela, o valor anunciado vai triplicar sua conta e ela vai não receber pela água paga. "Eu costumava pagar a tarifa mínima, de R$ 30, para quanto vai agora? Sem falar que no bairro, às vezes a água vem duas na semana, em outras vem três. É um absurdo pagar por algo que nós não temos", disse.

Em nota, a prefeitura informou que o Conselho se reuniu com o Departamento de Água e Esgoto (DAE) para avaliar os dados econômicos e inflacionários e que há mais de três anos não se tem reajuste nas contas do serviço de saneamento na cidade.

Além disso, a prefeitura alegou que, como um dos principais insumos do fornecimento de água, que é energia elétrica, subiu esses anos, além dos produtos químicos para tratamento e purificação da água, decidiu, então, aprovar o reajuste 17,87%, quando a inflação até abril de 2022 soma mais de 25%.

FALTA D'ÁGUA

Durante o período de estiagem de 2021, alguns usuários chegaram a ficar até sete dias sem receber água nas torneiras. Moradores no bairro Residencial Jacarandá chegaram a fechar uma das principais avenidas do bairro em protesto pedindo água. Além disso, cerca de outros 50 bairros sofreram com desabastecimentos recorrente de água na cidade.

Em dezembro de 2021, o prefeito Kalil Baracat (MDB) entregou a ETA Cristo Rei, com capacidade de produzir 320 litros de água por segundo ou 27,648 milhões de litros por dia.

A nova ETA reforçou as áreas de saneamento básico e abastecimento hídrico para moradores de região que compreende mais de 72 bairros do Grande Cristo Rei, envolvendo ainda o Parque do Lago, Jardim Maringá, Alameda e Ponte Nova, beneficiando cerca de 120 mil moradores. No entando, a distribuição não teve alteração, e continua no sistema de rodízio, sendo de três a duas vezes por semana.

 Um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, com informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), aponta Várzea Grande no 8º lugar no ranking das cidades com os piores indicadores de saneamento básico no país.

O estudo demonstra ainda que a cidade está há oito anos entre as 20 piores cidades em relação aos indicadores neste setor. Conforme o Trata Brasil, o documento considera os dados mais recentes do SNIS, referentes ao ano de 2020. Conforme eles, apenas 29,8% da população de Várzea Grande tem coleta de esgoto.

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