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Cidades Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024, 12:31 - A | A

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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024, 12h:31 - A | A

EM MATO GROSSO

Milho tem melhor projeção de crescimento para o agronegócio nos próximos dez anos; veja tendências

Dados foram apresentados no lançamento do "Outlook: projeções do agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034" pelo Imea

JOLISMAR BRUNO
Da Redação

Entre as três principais culturas cultivadas em Mato Grosso (soja, milho e algodão), o milho é a que tem melhor projeção para os próximos dez anos em Mato Grosso, com área calculada em 10,90 milhões de hectares e produção de 80,38 milhões de toneladas para a safra 2033/34. A soja deve ocupar área de 10,62 milhões de hectares, com produção estimada em 64,52 milhões de toneladas. Já para o algodão, a perspectiva é de área de 2,06 milhões de hectares e produção de 4,04 milhões de toneladas. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (9), no lançamento do "Outlook: projeções do agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034", pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). 

Segundo a projeção, a produção do cereal deve apresentar crescimento de 6,37% nos próximos dez anos, saindo de 115,59 sacas por hectare na safra 2023/24 para 122,95 sacas por hectare na safra de 2033/34. A região médio-norte de Mato Grosso, onde estão as cidades de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde e Nova Ubiratã, é a que deve representar a maior fatia da produção do cereal, 33,92%. 

Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, a ampliação do consumo do milho e seus derivados no estado e no país é um dos motivos para a projeção de crescimento do cereal nos próximos dez anos. 

"O principal motivo é a ampliação das movimentações das usinas de etanol de milho, a movimentação do mercado interno brasileiro que já é um mercado relevante e, agora, com esse setor ampliando o consumo aqui dentro do estado de Mato Grosso e outras regiões, tende a dar continuidade no impacto e movimento da cultura do milho em Mato Grosso", afirmou.  

HNT

Outllok imea

 

Cleiton Gauer ainda destacou que os dados já foram calculados com as previsões das mudanças climáticas que tem afetado a produção com as estiagens prolongadas, chuvas irregulares, incêndios florestais, entre outros fatores. Embora leve em consideração as oscilações, o levantamento não prevê eventos extremos. 

"O modelo já leva em consideração essas previsões de movimentação dentro do parâmetro, limite superior e inferior, para padrões de irregularidades climáticas. Claro que não para eventos extremos como a gente observou no ano passado. Se a gente tiver uma mudança de regime hídrico totalitário no estado de Mato Grosso, aí pode ter novos impactos. Mas, a princípio, não estamos levando em consideração uma mudança tão drástica, mas o padrão microclimático regional e localizado", explicou Gauer. 

Ainda sobre os impactos provocados pelas mudanças climáticas, o superintendente do Imea acrescentou que os incêndios florestais, que voltaram a preocupar em 2024, não estão dentro dos fatores que podem ser utilizados como parâmetros base, mas que as projeções consideram algumas limitações e particularidades de Mato Grosso. 

"Observamos dentro dos modelos algumas limitações, principalmente porque acreditamos que o estado está próximo de seu ápice de abertura de novas áreas e as migrações tendem advir das áreas de pastagens que vão ser convertidas em agricultura no futuro", completou. 

CONFIRA AS PROJEÇÕES PECUÁRIA DE CORTE

Bovinos

Para o rebano, a projeção para os próximos dez anos é de abate 6,41 milhões de cabeças e a produção de 1,90 milhões de toneladas. A região oeste de Mato Grosso deve representar sozinha 21,10%, sendo o maior percentual. 

Suínos

O abate de suínos em 2034 deve totalizar 4,09 milhões de cabeças e a produção chegar em 378,30 mil toneladas. O crescimento será de 40,60% em relação à produção deste ano de 2024. 

Aves

Já para aves, a estimativa é de 244,85 milhões de cabeças para abete em 2034 e a produção calculada em 513,61 mil toneladas. O crescimento será de 30,97% a produção deste ano. 

O ESTUDO 

O levantamento foi elaborado pelo Imea com a parceria estratégica da Faculdade de Estatística da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). As projeções foram realizadas conforme a subdivisão que agrupa os municípios em sete macrorregiões, sendo elas centro-sul, médio-norte, nordeste, norte, noroeste, oeste e sudeste. 

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