Regivaldo Batista, viúvo de Cleci Calvi Cardoso e pai de Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, assassinadas em novembro, no município de Sorriso (420 km de Cuiabá), encontra em Deus as forças para lutar por justiça pela família. Nesta sexta-feira (19), Regivaldo afirmou à imprensa que morreu junto da esposa e das filhas, mas que ainda crê numa Justiça rápida e 'certa'.
"[sic] Hoje eu morri junto com elas. Esse desgraçado acabou com minha vida também, me matou junto com elas. Eu vou viver para que hoje? Qual o motivo que eu tenho para seguir se não tenho elas mais?", disse o pai em sua primeira entrevista concedida com exclusividade ao SBT.
Cleci, Miliane, Manuela e Melissa foram vítimas de um predador sexual que morava ao lado da casa delas, numa construção. Ele usou um andaime da obra para ter acesso à casa da família e conseguiu entrar na residência pela janela do banheiro. Apesar dos latidos incessantes dos dois cachorros que também viviam na casa, ninguém chamou a polícia.
Regivaldo Batista chegou a acreditar que a família estivesse brava com ele por atrasar seu retorno para casa. Na segunda-feira, 27 de novembro, ele ligou na escola das filhas e ao saber que Manuela e Melissa não tinham comparecido à aula, chamou a polícia e acionou a mãe de Cleci.
A primeira pessoa da família a chegar no local foi Elenara Calvi, irmã de Cleci. A polícia não permitiu que ela tivesse acesso ao interior da residência, que guardava a cena da mais completa barbárie, mas ela relembrou, em entrevista ao SBT, que chegou a visualizar o banho de sangue pelas portas de vidro da residência.
Cleci, Miliane e Manuela foram esgorjadas e estupradas enquanto morriam. A caçula da família, Melissa, assistiu a tudo aos berros. Gilberto Rodrigues dos Anjos, o maníaco responsável pelo crime, declarou à polícia que matou a criança asfixiada para que ela parasse de gritar.
"Você não tem objetivo para trabalhar mais, eu vou e volto e não tem minha casa, não tem minha esposa, não tem minhas filhas, que graça tem viver desse jeito? Qual o objetivo de viver desse jeito? Não tem", lamentou o pai.
Para Reginaldo e para a família de Cleci, a esperança é de que o caso provoque mudanças nas leis, enrijecendo as punições contra criminosos sexuais.
"Eu espero que seja rápida e que seja certa. Que esse cara nunca mais saia da cadeia, que ele pague para o resto da vida dele. É o que eu quero", disparou Reginaldo ao SBT.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.