O governo de Mato Grosso pontuou que o aumento no preço da cesta básica, que em Cuiabá é a mais cara do Brasil, não está relacionado às mudanças na arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com exceção da carne, os demais produtos como leite, arroz e frutas, por exemplo, ainda são isentados pelo Estado.
O governo se pronunciou sobre o tema por meio de uma publicação em seu portal oficial, nesta terça-feira (28). Conforme o Executivo, cabe aos supermercados explicarem o aumento no preço dos produtos, “uma vez que o Estado continua a não cobrar um único centavo de ICMS”.
Conforme noticiado pelo HNT/HiperNotícias, o preço da cesta básica foi orçado em R$ 518,69, em Cuiabá, durante o mês de dezembro de 2019. O elevado custo, quando consideradas as demais capitais brasileiras, foi divulgado por levantamentos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O governo utilizou a variação no preço do açúcar para pontuar que o aumento no valor praticado pelo mercado não mantém relação com as mudanças no ICMS.
Em dezembro de 2019, conforme o Estado, o açúcar era vendido por R$ 3,50, do qual R$ 0,74 era lucro do supermercado. Contudo, com a nova legislação, os comerciantes continuaram pagando o mesmo valor de fábrica, mas a margem de lucro saltou para R$ 1,80, uma vez que o produto passou a ser vendido por R$ 4,56.
“Ou seja, do R$ 1,06 que o consumidor está pagando a mais esse ano, não há um único centavo de imposto e sim aumento da margem de lucro do supermercado, que saltou de R$ 0,74 em 2019 para R$ 1,80 em 2020, um aumento de 143,2%”, apontou o governo.
Salário
Segundo publicação do Dieese, em média, os brasileiros precisariam ganhar como renda mensal R$ 4.342,57 para conseguirem pagar o valor da cesta básica.
Este valor, mais de quatro vezes maior que o salário mínimo real para o período, orçado em R$ 998, apresenta a média salarial ideal para que as famílias conseguissem arcar com os custos de alimentação, transporte, saúde, educação e lazer em dezembro de 2019.
Ambos os relatórios, tanto do Dieese quanto do Imea são mensalmente atualizados. Contudo, os últimos periódicos disponibilizados são de dezembro do último ano.
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