O cuiabano Beto Pita esteve em Brasília (DF) no dia do atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à TV Centro América, ele contou que pensou em chutar a bomba que provocou a morte do bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo ataque. Beto estava com a esposa, Patrícia Gonçalves Pita, na praça dos Três Poderes e narrou os momentos que presenciou no dia 13 de novembro.
Estava chovendo na capital federal no dia do atentado. Beto relatou que o carro dele e da esposa estava próximo da praça, cerca de 50 metros. Quando caminhavam para chegar até o veículo, Beto contou que avistou uma explosão "como se fosse fogos". Um segurança estava perto e tentou se aproximar do "homem-bomba". Em seguida, Beto e Patrícia viram Francisco acender a bomba e jogar em direção à estátua da Justiça. Por último, o terrorista acendeu a bomba e colocou perto da cabeça.
"Minha esposa viu explodindo, apavorou e falou: 'amor, vamos correr!'. De repente, ele acende outra bomba e jogou para o lado da vidraça do STF. E aí, ele virou para nós. Acendeu outra bomba olhando para nós, ai eu apavorei", relatou.
"Ele se virou para o lado do STF, deitou no chão e deixou a bomba ao lado da cabeça dele acesa. Naquele momento veio na minha cabeça de eu correr lá e chutar a bomba, por conta da gente ser cristão. Falei: 'tenho que fazer alguma coisa'. Foi fração de segundos. Mas algo me disse 'corre para o carro' e, quando corri, a bomba explodiu", completou.
Francisco acendeu duas bombas e lançou sobre a estátua e em direção ao prédio do STF. A última, ele acendeu, deitou-se no chão e colocou o artefato próximo da cabeça provocando sua morte instantânea. No momento, vários deputados estavam na Câmara e todos foram retirados com segurança.
"Foi aí que a gente ouviu só o barulho. Me lembro, chegando perto do carro, eu abaixei para me proteger da bomba ou de algo que poderia me atingir. Eu falava para ele [Beto]: 'abre o carro! Abre o carro' porque estava explodindo tudo. A gente ouviu o carro do outro lado explodindo. Eu não imaginava de onde poderia vir outra explosão. A gente viu ele tomando aquela atitude, colocando a bomba ao lado da cabeça e se explodindo", disse Patrícia.
O "homem-bomba" era natural de Santa Catarina (RS) e, em 2020, se candidatou ao cargo de vereador pelo Partido Liberal (PL) com o nome "tio França", mas não se elegeu. Segundo a polícia, a intenção de Francisco era "eliminar" ministros do STF. Ele também havia "anunciado" o atentado nas redes sociais.
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