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Cidades Domingo, 16 de Março de 2025, 16:45 - A | A

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Domingo, 16 de Março de 2025, 16h:45 - A | A

CLASSE UNIDA

CFM repudia vereadores que usam saúde pública como 'trampolim político'

O CFM aponta que esse tipo de estratégia política expõe a falta de projetos que busquem soluções para resolver os problemas do sistema público de saúde

MARICELLE LIMA
DA REDAÇÃO

A tática de alguns vereadores de invadir hospitais, ofender profissionais de saúde e expor pacientes em vídeos nas redes sociais tem gerado situações vexatórias em várias partes do Brasil. Essas ações, muitas vezes motivadas pela busca de engajamento nas redes sociais, têm inflamado tensões na saúde pública e gerado reações da classe médica, que se vê insegura diante das ações divulgadas nas plataformas digitais.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais têm acompanhado e buscado recursos judiciais para defender os profissionais que passaram por essas agressões. O presidente do CFM, José Iran da Silva Gallo, fez um apelo aos vereadores para que usem sua capacidade política para cobrar os gestores melhorias para a saúde pública.

José Iran classificou as atitudes dos vereadores como "reprováveis e lamentáveis" e destacou que a classe médica não é trampolim político. "Seria importante se esses vereadores usassem a capacidade de político para cobrar dos gestores. Tem que verificar as condições de trabalho, se tem profissionais suficientes para atender aquela gama de profissionais, se tem laboratório, se tem condições mínimas necessárias para qualquer profissão de saúde exercer sua profissão. Esse é o papel de um bom parlamentar", finalizou.

De acordo com José Iran, as ações midiáticas de políticos em hospitais expõem a falta de projetos dos mesmos para, de fato, resolver os problemas do sistema público de saúde. “Em vez de buscar soluções para os problemas da saúde pública, os vereadores que agem dessa forma buscam engajamento nas redes sociais colocando em risco todos os profissionais de saúde”, pontua ele.

O CFM tem se posicionado contra as invasões de hospitais por vereadores e buscado recursos judiciais para defender os profissionais de saúde. De acordo com José Iran, a entidade está atenta a essas situações e oferecendo apoio jurídico e psicológico aos médicos que estão sendo ofendidos e até agredidos.

Reprodução

VEREADORES MT, MG E RJ

 

 

 

 Três episódios ocorridos em Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro mostram que a tática dos parlamentares é semelhante e todas com consequências.

MATO GROSSO

O vereador Kleberton Feitosa (SPB) invadiu áreas restritas do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (HPSMVG), constrangeu e difamou uma médica que atendia no local.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) protocolou pedido para abertura de um processo solicitando a cassação do mandato do parlamentar.

MINAS GERAIS

Na cidade de Felício dos Santos, o vereador Wladimir Canuto (Avante), no mês de fevereiro deste ano, invadiu uma sala de emergência sem autorização. Durante o incidente, um paciente com arritmia estava sendo atendido e morreu. Profissionais da unidade básica de saúde acusam o vereador de agressões verbais e físicas. A prefeitura emitiu uma nota de repúdio confirmando a morte e prometendo ações administrativas e judiciais.

RIO DE JANEIRO 

O ex-vereador Gabriel Monteiro foi condenado por abuso de poder ao invadir um hospital e fazer vídeos durante a pandemia. Na época, ele forçou a entrada do CTI da Coordenação de Emergência Regional do Leblon numa área restrita para os pacientes infectados pela Covid-19. Ele argumentou que fazia uma vistoria. 

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