Três agentes penitenciários sofreram atentado durante a onda de violência desta sexta-feira (10), em Cuiabá. Eles foram apontados com alvo dos bandidos, já que os ataques foram motivados pela suspensão das visitas e banhos de sol nas unidades prisionais de Mato Grosso devido à greve dos agentes.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), um dos servidores faz parte do comando de greve em Cuiabá e estava chegando em casa, no bairro Jardim Planalto, quando seu carro foi atingido com vários disparos. Os tiros foram disparados pelo garupa de uma motocicleta.
O segundo registro ocorreu no Residencial Tarumã, em Várzea Grande, onde o agente penitenciário também teve sua casa atingida por diversos tiros. O terceiro caso aconteceu no bairro Jardim Eldorado. Apesar dos ataques, nenhum dos agentes ficou ferido.
“A sociedade mato-grossense sentiu apenas um pouco das ameaças que nos são feitas e do que sentimos diariamente. Quando estamos labutando, é o tempo todo desse jeito. Ameaças a nós, a nossos familiares, a todos e a todo momento”, desabafou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista.
Em áudio compartilhado milhares de vezes no Whatsapp, um homem avisa a “gurizada do Pedregal, Osmar Cabral e Várzea Grande” que os ataques vão continuar neste sábado e a determinação agora é para não queimar mais ônibus, e sim matar quaisquer agentes de segurança pública da Capital e Várzea Grande.
O jovem ainda disse que o comando quer a “cabeça do governador para mostrar quem é que manda na região. É para pegar ele onde ele estiver”.
ATENTADOS
Quatro ônibus foram incendiados na noite desta sexta-feira (10), em Cuiabá e Várzea Grande, e um quinto foi atacado, mas escapou de ser queimado. Os crimes teria sido orquestrado por criminosos de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), como uma forma de retaliação à greve dos agentes prisionais. Os bandidos também atacaram os agentes e cometeram diversos outros crimes nas duas cidades.
Setores de inteligência das forças de segurança trabalharam em conjunto durante toda a noite para identificar possíveis ameaças. Na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) foi montado um gabinete de crise.
Até a meia-noite, 10 suspeitos haviam sido presos. Entre eles, um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), Reginaldo Aparecido de Brito, o "RG", apontado como o mentor da onda de ataques.
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