Desde o início da Operação Verão, em dezembro de 2024, 19 pessoas morreram nos municípios paulistas em decorrência das fortes chuvas. Na capital, o total de óbitos era de quatro até ontem. Os temporais também têm causado deslizamentos, alagamentos que deixam bairros inteiros embaixo dágua e o desalojamento de famílias. Ontem, poucas horas antes da apresentação do centro, a população de São Paulo recebeu novo alerta severo por conta dos temporais.
COISAS DIFERENTES
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteve na inauguração dos centros, mas não falou com a imprensa. Segundo o governo, o novo CGE fará monitoramento em tempo real das condições meteorológicas, enquanto o Cepram será um centro voltado a mapear as condições climáticas por meio de radares espalhados pelo Estado. "São coisas diferentes, mas que trabalham integradas e dependem uma da outra. No Cepram operamos sete radares e sistemas de monitoramento de chuva. O CGE é a pronta resposta disso", disse o coronel Hengel Pereira, da Defesa Civil estadual.
Com o custo de R$ 40,9 milhões, o Cepram será gerido pela Defesa Civil e contará com equipe técnica que inclui meteorologistas, hidrólogos e geólogos, além do apoio de universidades estaduais como USP, Unesp e Unicamp.
As universidades, que operam os radares, ajudarão a abastecer o Cepram com informações colhidas pelos radares. Além disso, dados meteorológicos vindos de outras secretarias, do terceiro setor e de empresas privadas também vão ser usados pelo Cepram.
O centro já foi utilizado nas chuvas que caíram na tarde de ontem, segundo o coronel. Uma evidência foi o número maior de alertas enviados aos celulares das pessoas. Foram enviadas, segundo ele, 10 mensagens para a população de vários municípios, sendo duas de alertas extremos (emitidos para avisar que as pessoas precisam sair do local de risco).
PLANOS DO ESTADO
Além dos sete radares espalhados pelo Estado, devem ser adquiridos mais quatro nos próximos anos para serem instalados em regiões como Piracicaba e Itapetininga. A previsão da aquisição não foi informada.
Ainda segundo o coronel, outro objetivo da Defesa Civil e negociar com a Anatel a proposta de fazer alertas com mensagens maiores e com mais informações.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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