O local ficou de portas fechadas nos dois primeiros meses da pandemia. Depois, Caíque começou a fazer atendimento na casa dos clientes. Não funcionou. Optou então por fazer agendamento prévio por telefone. Entrava um por vez e as portas ficavam fechadas. Também não deu certo. Fiscais da vigilância sanitária flagraram um cliente saindo. "Foi um problema, mandaram sair todos os que estavam dentro e trancamos a porta. Não tinha o que fazer. A gente não faturava quase nada. Era só para tentar manter um capital mínimo." Sua expectativa é que o faturamento, neste início de reabertura, seja 50% menor do que antes da pandemia. Para isso, conta com a tradição do lugar.
E tradição é que não falta. A Fiori abriu suas portas há nada menos que 103 anos, naquele mesmo ponto da Rua Silva Bueno - e a primeira pandemia que entrou em sua história foi a Gripe Espanhola, nos idos de 1918 a 1920. Desse tempo vem o seu nome: o proprietário, na época, era um italiano chamado Fiori. Seu filho, com o mesmo nome, seguiu adiante com o negócio.
Adílson Rodrigues Silva, pai de Caíque, trabalhava no salão e construiu uma relação de amizade com os italianos. Há 30 anos tornou-se o dono. A proximidade o ajudou, agora, na negociação do aluguel. "A filha do segundo Fiori é a dona do terreno e conseguimos melhores condições de pagamento", explica Caíque.
Até o final do ano, ele espera que o salão volte a receber os cerca de 40 clientes por dia para assim superar mais essa crise. "Aos poucos, mais gente vai descobrir que estamos aberto e vai melhorar. É o que esperamos."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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