A reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestações.
Os investigadores também cumpriram duas ordens de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Trata-se da 5ª fase da Operação Última Milha, que mapeou uma série de ações de 'desinteligência' promovidas pela 'Abin paralela' do governo Jair Bolsonaro para supostamente monitorar disseminar fake news sobre opositores.
Segundo a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
A fase anterior da Última Milha, aberta em julho, avançou sobre um outro grupo descortinado pela Polícia Federal: o da presidência da República, que fazia a ponte entre Bolsonaro e propagadores de desinformação sob suspeita - influenciadores ligados ao chamado 'gabinete do ódio' e os próprios integrantes da Abin Paralela, que municiavam os primeiros com fake news.
Na ocasião, Daniel também foi alvo da ofensiva. Ele se apresentava como analista político legislativo.
Como mostrou o Estadão à época, a Polícia Federal seguiu com as investigações para avançar sobre outros integrantes da organização criminosa sob suspeita. A corporação também quer se debruçar os "indícios veementes" que encontrou de crime de corrupção passiva. A suspeita dos investigadores é que o grupo visava não só vantagens políticas, mas também econômicas, via corrupção passiva.
(Com Agência Estado)
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