"A segurança de nossos astronautas sempre vem primeiro em nossa tomada de decisões", disse o chefe da Nasa, Bill Nelson, durante coletiva de imprensa. "Não voaremos até que estejamos preparados."
O anúncio do novo adiamento ocorre poucos dias antes do retorno de Donald Trump à Casa Branca, fator que pode reconfigurar drasticamente os projetos da Nasa. O presidente eleito dos Estados Unidos já anunciou, na quarta-feira, 4, o multimilionário e astronauta privado Jared Isaacman como o futuro diretor da agência aeroespacial.
Os especialistas esperam mudanças significativas nos projetos espaciais americanos no próximo governo, como desistir do custoso foguete da Nasa projetado para a missão Artemis, de retorno à Lua, ou reorientar os programas previstos para Marte. Até o momento, será a missão Artemis 3 a encarregada de levar astronautas à Lua pela primeira vez desde a última missão Apollo, de 1972.
"Será muito antes do anunciado pelo governo chinês", garantiu Nelson nesta quinta-feira, 5, em referência ao plano de Pequim de enviar missão tripulada à Lua em 2030. O programa Artemis foi anunciado em 2017 e tem como objetivo estabelecer uma presença duradoura na Lua, preparando o terreno para futuras missões a Marte.
A missão Artemis começou em 2022, com a Artemis 1, que transportou com sucesso a cápsula Orion não tripulada ao redor da Lua. No entanto, as missões 2 e 3 tiveram que ser adiadas por problemas técnicos da cápsula, particularmente no escudo térmico, que se deteriorou subitamente. "Conseguimos recriar o problema na Terra e agora conhecemos a causa", disse Nelson.
A missão Artemis 2, cujo objetivo é que os astronautas viajem ao redor da Lua sem pousar, agora está programada para abril de 2026, sete meses depois da data prevista anteriormente.
Além dos problemas em Orion, a Nasa está esperando que a SpaceX, empresa espacial do bilionário Elon Musk, disponha de uma versão completa de seu megafoguete Starship, capaz de servir como módulo de pouso lunar. Também aguarda os trajes especiais desenvolvidos pela empresa americana Axiom Space.
(Com Agência Estado)
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