Ao refletir sobre a questão do suicídio, sinto uma profunda preocupação com o que estamos errando como sociedade. Em 2022, perdi um filho de maneira trágica que me impactou de forma intensa, levando-me a questionar nossa maneira de nos relacionar e cuidar uns dos outros.
Vivemos em um mundo onde a dor emocional é frequentemente ignorada. O estigma que envolve a saúde mental ainda é um dos principais fatores que impedem muitos de buscarem ajuda. Eu percebo que o medo de ser julgado ou incompreendido faz com que tantas pessoas se sintam sozinhas em suas lutas. Isso me leva a crer que precisamos urgentemente construir uma comunidade mais solidária e acolhedora.
Acredito que aprender a ouvir e entender o outro é fundamental. O diálogo aberto e a empatia devem ser pilares em nossas interações. Precisamos desmistificar o tema do suicídio e criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para compartilhar suas dores. Para mim, isso envolve também promover uma educação emocional desde cedo, ensinando as novas gerações a lidarem com suas emoções de maneira saudável.
Ademais, sinto que é crucial fortalecer as políticas públicas de saúde mental. Devemos investir em recursos que ofereçam suporte a quem está em situação de vulnerabilidade. O acesso a profissionais qualificados pode, de fato, fazer toda a diferença na vida de alguém que está sofrendo.
Só assim diminuiremos a dor em pais e mães que, como eu e minha esposa, perderam filhos dessa maneira.
(*) ANANIAS MARTINS DE SOUZA FILHO é ex-prefeito e ex-vereador de Rondonópolis e presidente estadual do PL de Mato Grosso.
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