O veneno é um dos mecanismos evolutivos de defesa mais comuns de que se tem notícia na natureza.
É graças a ele que muitas espécies garantem sua sobrevivência. Nessa categoria de animais, ainda temos dois tipos: os peçonhentos e os venenosos.
Os peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno e têm condições naturais de injetá-lo – aqui se enquadram cobras, escorpiões e aranhas, animais bem conhecidos. Já os venenosos que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador, como alguns sapos, por exemplo.
Mas, independente da categoria, sempre tem aquele animal que ninguém imagina que pode representar perigo, é por isso que o Primeira Página separou cinco espécies venenosas, que tenho certeza, vão te surpreender.
Nycticebus
Já ouviu aquele ditado: quem vê cara não vê coração?
Ele bem que poderia ser aplicado ao Nycticebus, ou Lóris vagaroso. Ele é o único primata venenoso do mundo!
Os nycticebus são lêmures e têm uma cabeça redonda, focinho estreito, olhos largos e uma variedade de colorações, dependendo da espécie.
Possuem uma mordida venenosa. A toxina é obtida ao lamber uma glândula no braço, e a secreção é ativada quando em contato com a saliva. Os lóris também esfregam o veneno em seu pelo para se defender.
Hoje, infelizmente, estão na Lista Vermelha da IUCN, como uma das espécies classificadas como em risco de extinção, isso porque são alvo de traficantes de animais exóticos.
Ornitorrinco
Além de curioso, o animal que parece uma mistura de pato com castor ainda pode ser bem perigoso. Isso porque os machos possuem esporões nos calcanhares das patas traseiras que são cheias de veneno.
A substância é mais potente durante a época de acasalamento, por isso, acredita-se que esse mecanismo é uma arma evolutiva por fêmeas e território. O veneno não é letal para os humanos, mas pode causar dor extrema.
O ornitorrinco é uma das cinco espécies da ordem dos monotremados, ou seja, mamíferos que botam ovos.
Codorna
Por essa você não esperava, tenho certeza!
Mas calma, a codorna aqui não é a que produz os ovos tão famosos no Brasil. A espécie venenosa é a codorna-comum (Coturnix commix coturnix L.), que vive na Europa e na Ásia ocidental.
A carne dessa ave é tóxica e consumi-la pode causar dor muscular, vômito e náuseas.
Borboleta-monarca
Naturais da América do Norte, essas borboletas se tornam tóxicas devido à sua alimentação, que tem como base plantas com seiva leitosa, muitas delas venenosas.
Isso acontece quando ela ainda é lagarta. Toda a toxina fica acumulada no corpo e mais tarde, se manifesta nas cores chamativas da borboleta.
O contato com as cerdas pontiagudas pode injetar o veneno na pessoa, o que causa dor violenta. Em grandes quantidades, essas toxinas podem causar náuseas, vômitos, visão embaçada e até disrupções fatais no ritmo cardíaco.
Caravela-portuguesa
A caravela-portuguesa é um animal marinho venenoso que pode causar queimaduras e coceira na pele. Elas não nadam, mas possuem uma vesícula com gás que as permite flutuar. Enquanto isso, tentáculos que podem atingir até 50 metros – mas geralmente possuem 10 metros – ficam submersos na água à espera de peixes e plâncton.
O problema é que esses tentáculos possuem toxinas que causam queimaduras.
A caravela-portuguesa pode causar queimaduras químicas de até 3º grau, pode provocar choques anafiláticos em pessoas alérgicas e até arritmia cardíaca e parada cardiorrespiratória em crianças e doentes cardíacos.
Mesmo morta, como geralmente são encontradas nas areias das praias, pode causar queimaduras, por isso, nunca toque em uma.
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