A resistência ao ir ao médico ainda é um obstáculo no combate à doença; especialista alerta para os riscos causados por anabolizantes
Mais comum entre homens de 15 a 35 anos, o câncer de testículo é uma doença silenciosa, geralmente percebida pelo próprio paciente ao notar alterações como aumento de volume, nódulos ou persistência em um dos testículos. Embora tenha taxas de cura superiores a 95% quando detectada precocemente, a ausência do hábito do autoexame e a resistência em procurar atendimento médico especializado para o atraso no diagnóstico.
Entre os principais fatores de risco estão a criptorquidia — condição em que o testículo não desce para o escroto antes do nascimento — histórico familiar de doença e tabagismo. "O ideal é que os homens se familiarizem com o próprio corpo e realizem o autoexame testicular com regularidade, como as mulheres fazem com as mães. Diagnosticar cedo é o que salva vidas", destaca o urologista da Oncomed – MT, Fernando Leão.
Nos últimos anos, o uso de anabolizantes também tem preocupado a comunidade médica. Essas substâncias, que são versões sintéticas da testosterona, frequentemente usadas para fins estéticos, prejudicam o equilíbrio hormonal e prejudicam a função testicular.
"O uso de anabolizantes provoca um grave desequilíbrio hormonal, que compromete a produção de espermatozóides e o funcionamento das células testiculares. Além disso, eleva o risco de problemas cardiovasculares, acne, aumento do colesterol e hipertensão", alerta Leão.
Muitos homens só procuram o médico quando os sintomas já estão avançados
A saúde deve ser prioridade – Para o urologista, é urgente promover uma mudança cultural em relação aos cuidados com a saúde masculina. "Muitos homens só procuram o médico quando os sintomas já estão avançados. O ideal seria que esse cuidado começasse ainda na infância, em especial na adolescência, com visitas regulares ao urologista, assim como acontecer com as mulheres, que tem na rotina a ida ao ginecologista após a primeira a menstruação", conclui Leão.
Tratamento – O câncer de testículo costuma responder muito bem às terapias disponíveis, especialmente quando identificado precocemente. As abordagens mais comuns incluem a cirurgia para retirada do testículo afetado (orquiectomia), podendo ser combinadas com quimioterapia ou radioterapia, conforme o tipo e estágio do tumor.
A escolha do tratamento é personalizada, levando em consideração fatores como idade, histórico de saúde e características específicas da doença. Após a intervenção, o acompanhamento médico contínuo é fundamental para detectar possíveis recidivas e preservar a qualidade de vida do paciente, incluindo a fertilidade.
Sobre a Oncomed-MT – Situada em Cuiabá (MT), uma clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, disponível de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br .
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