As eleições municipais deste ano apenas começaram e o futuro ainda é indefinido nos 141 municípios de Mato Grosso. A única certeza é de que em pelo menos 49 cidades do estado a administração vai “trocar de mãos”.
Em 30 dessas, os prefeitos estão terminando o segundo mandato, ou seja, não podem se candidatar a mais uma reeleição, pois isso é vedado pela legislação eleitoral. Nas outras 19 cidades, os atuais gestores simplesmente desistiram da disputa. Boa parte deles “coloca a culpa” no próprio sistema político e na crise financeira.
Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga, os prefeitos estariam decepcionados “com a burocracia e com o sistema”. Fraga é um dos 30 prefeitos que não são candidatos, porque já estão no segundo mandato. Ele conta que ouviu justificativas sobre a desistência dos 19 do outro grupo.
“O maior motivo é a crise financeira sem precedentes e a decepção com o sistema político, com a forma de redistribuição dos recursos, que ficam, na maior parte, com a União. O subfinanciamento de programas e projetos e o atraso nos repasses também desestimula. Além disso, ainda tem a burocracia que os prefeitos enfrentam”, diz.
Para o prefeito, os municípios em que houve desistência saem perdendo sem a candidatura dos nomes “reelegíveis”. “A cidade perde porque são gestores que adquiriram experiência e, na maior parte dos casos, estavam fazendo um bom trabalho. Alguns tinham a reeleição praticamente ganha por conta desse trabalho e da popularidade”.
Neurilan ainda acredita que o prejuízo pode ser maior, uma vez que na ruptura ou troca de gestão não há garantia de continuidade dos projetos e ações, mesmo os bons. “O candidato que for eleito e assumir, pode não dar continuidade a um projeto desempenhado por quem hoje desistiu de se candidatar”
Entre as cidades em que o atual prefeito desistiu está Cuiabá. Mauro Mendes (PSB) alegou motivos familiares para não disputar a reeleição. Demonstrou também preocupação com a situação jurídica e financeira de sua empresa.
Para substituí-lo, o grupo político liderado pelo governador Pedro Taques (PSDB) convocou o deputado estadual, também tucano, Wilson Santos, que garantiu continuidade à gestão de Mendes e sinalizou para a retomada de projetos da sua própria gestão, como o Cuiabá Vest.
Nobres, Primavera do Leste, Colider, Livramento e Tapura são outros municípios onde houve desistência.
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