O presidente eleito da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) criticaram a lentidão das obras do BRT (ônibus de trânsito rápido). Max endossou as ações do governador Mauro Mendes (União Brasil) para pressionar o consórcio responsável pela execução do projeto, recorrendo, inclusive, a multas. Lúdio foi mais enérgico e protocolou a convocação dos diretores do consórcio à AL para que expliquem os motivos da demora. A audiência ficou agendada para 13 de fevereiro, às 9h.
"Fiscalizar, cobrar. Infelizmente está atrasado, não está a contento. Atrapalha o nosso trânsito, não era isso que nós esperávamos. A população tem cobrado isso e tem criticado bastante. Acho que o governador, o secretário tem tomado providência e esperamos que seja o mais enérgica, tome ainda mais, multe a empresa, faça tudo o que a legislação permita para que seja cumprido o cronograma", opinou Max Russi à imprensa nesta quarta-feira (22).
O consórcio é liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A e foi contratado em agosto de 2022 por R$ 468 milhões para realizar as obras do BRT, que substituiu o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal de transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande. Em Cuiabá, as obras cortam um dos trechos mais movimentados da Avenida do CPA, próximo ao acesso da Avenida Miguel Sutil. Lúdio destacou que somente 20% do projeto está concluído, adiando a entrega para 2026.
"Até agora, em janeiro de 2025, apenas cerca de 20% da obra foi concluída, e o prazo de conclusão era outubro do ano passado. A avaliação, hoje, é de que a obra não se conclua antes de 2026. Então, serão oito anos de mandato do atual governo, sem que haja conclusão dessa obra. E esse conflito entre o governo e o consórcio é preocupante, por isso queremos convidar o consórcio para apresentar explicações sobre a situação da obra, para que possamos avaliar outras medidas a serem tomadas", disse Lúdio.
O deputado ainda pontuou outro desafio, Prainha, considerada por ele como o trecho mais crítico do projeto. Lúdio lembrou o posicionamento do consórcio BRT que deixou claro ainda não ter um projeto estrutural.
"A Prainha é o ponto mais crítico dessas intervenções: já era para o VLT e continua sendo para as obras do BRT. E nós ouvirmos posicionamento de que não há sequer projeto estrutural para enfrentar aquele nó crítico, isso pode inviabilizar o BRT, e olha que toda a Avenida do CPA já foi arrebentada para construção da pista nova", disparou Lúdio.
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