A secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza Sampaio, questionou a intenção do prefeito Abilio Brunini (PL) de administrar a Santa Casa. Segundo ela, investir na conclusão do Centro Infantil no antigo Pronto-Socorro é mais urgente, pois a unidade é a única porta de entrada ao atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) para as crianças. Além disso, a secretária ressaltou que a Santa Casa demanda uma série de modernizações, o que exigiria um aporte elevado, algo impensável para a gestão que está sob a vigência de um decreto de calamidade financeira.
Não sei se absorver a Santa Casa é uma coisa necessária. A gente não pode perder de vista que o cenário da saúde de Cuiaba vai sofrer uma grande transformação ao longo desse ano com a abertura do Hospital Central e Júlio Müller
"A Santa Casa é um prédio antigo, tombado pelo patrimônio histórico e com alguns problemas identificados pela Vigilância Sanitária. Se nós fôssemos assumir a Santa Casa talvez não seja para construir um hospital do jeito que ele é hoje, não do mesmo modelo. Talvez construir uma coisa atrás, não aprofundei esse assunto com o Abilio porque isso não está definido por ele", disse Lúcia Helena com exclusividade ao HNT TV.
Abilio mantém a discussão pelo direito de administrar a Santa Casa com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT). O governador Mauro Mendes (UB) não demonstrou resistência e autorizou o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo (UB) a conduzir as tratativas com o prefeito.
Atualmente, a Santa Casa oferta atendimentos de alta complexidade, como cirurgias e tratamentos contra o câncer, que passarão a ser disponibilizados pelo Hospital Central. Porém, o foco será para pacientes de cidade do interior que ocupam grande parte do contingente dos leitos da Capital. Com a inauguração do novo hospital do Estado, a tendência é desafogar o sistema de saúde municipal, mais um motivo para que Abilio não amadureça a ideia de "absorver" a Santa Casa.
"Não sei se absorver a Santa Casa é uma coisa necessária. A gente não pode perder de vista que o cenário da saúde de Cuiaba vai sofrer uma grande transformação ao longo desse ano com a abertura do Hospital Central e Júlio Müller. Não podemos ampliar o que fazemos esquecendo desse outro player que vai estar no mercado. Esse diálogo vai ter que acontecer para cada um assumir a sua gestão pois o Júlio Müller é federal mas tem que estar inserido, assim como o Central deverá absorver muita coisa que são o munícipes que não são daqui", explicou a secretária.
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