Gilberto Cattani rebateu as alegações da candidata ao Senado, Coronel Fernanda (Patriota), a respeito de sua participação em um evento que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "A única lei que infrigimos foi provocar o ciúmes desta candidata", disparou o 1º suplente na chapa de Reinaldo Moraes, conhecido como "Rei do Porco" (PSC).
Reprodução
Segundo a legislação, para impedir o uso da máquina pública em favor de determinada candidatura e reprimir o abuso de poder político, qualquer candidato é proibido de comparecer, nos três meses que antecedem o pleito, de qualquer inauguração de obras públicas.
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Fernanda, no entanto, defendeu que, mesmo não se tratando de inauguração de obra pública, o evento poderia ser utilizado para a promoção do candidato, o que deveria ser rechaçado em nome da moralidade do pleito e isonomia entre os candidatos.
O candidato a suplente de Moraes, por sua vez, rebateu dizendo que foi convidado para participar do ato como espectador, em razão de sua condição de assentado da Reforma Agrária desde 1998.
"Quem cometeu ilícito eleitoral foi a própria tenente coronel Fernada, que mesmo sem ter nenhuma ligação com os assentamentos, participou do ato da Reforma Agrária e ao aliar a sua imagem, mesmo que não autorizada, ao Presidente da República, maior autoridade do país", defendeu.
Almoço com Bolsonaro
Cattani relatou que após o ato, os convidados se dirigiram para uma fazenda onde produtores ofereceram um almoço e como convidado, ele participou. “Eu era convidado, estava com o meu nome na lista. Já a candidata, não tinha o convite e teve que acionar um dos anfitriões para poder participar”, afirmou.
No almoço, Cattani informa que a tenente coronel, que, segundo ele, busca interromper a candidatura de Reinaldo Morais no "tapetão", chegou a ser afastada por seguranças.
“Ela tentou até se sentar ao lado de Bolsonaro, na mesa do almoço, para obter vantagem eleitoral, mas foi retirada. Ao lado do presidente, apenas os produtores anfitriões se sentaram, juntamente com o governador do estado e outras autoridades. Nenhum candidato se sentou à mesa, já que não era um ato político. Apenas a candidata ao senado, a tenente coronel Fernanda, que forçou a sua presença, com objetivo de obter vantagem eleitoral”, revelou Cattani.
O vídeo
Em sua acusação, a candidata do Patriota ainda citou um vídeo em que Cattani aparece agradecendo o presidente pela entrega dos títulos de propriedade aos produtores rurais.
O suplente ao Senado, contudo, detalhou que ao final do almoço, foi chamado por Bolsonar para fazer um vídeo.
“Ele me viu e falou: E aí Cattani, você ainda está fazendo os vídeos? Vem aqui, vamos fazer um. Nisso, a candidata estava há cerca de meio metro de mim e viu tudo. Então, a única lei que infrigimos foi provocar o ciúmes desta candidata”, disparou Gilberto Cattani.
(Com Assessoria)
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