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Polícia Terça-feira, 12 de Março de 2024, 13:34 - A | A

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Terça-feira, 12 de Março de 2024, 13h:34 - A | A

PM ENVOLVIDO

Veja lista de investigados em operação que apura atuação de advogados em facção criminosa

A Polícia Civil informou que os suspeitos participavam ativamente dentro da facção, auxiliando na execução de diversos crimes

THIAGO STOFEL
Da Redação

A “Operação Gravatas” deflagrada na manhã desta terça-feira (12) pela Polícia Civil, acabou com a prisão dos advogados Roberto Luís de Oliveira, Jesssica Daiane Maristica, Tallis de Lara Evangelista e Hingrity Borges Mingotti. Além deles, o policial militar Leandro Qualio também foi detido. A ação ainda cumpriu mandados de prisão contra três membros do Comando Vermelho, Robson Junior Jardim dos Santos, Tiago Telles, Paulo Henrique Campos, todos estão detidos em presídios de Cuiabá e VG.

LEIA MAIS: Advogados de Sinop são presos acusados de auxiliar execução de crimes de facção

Segundo apuração do HNT, os advogados Roberto e Jessica já eram conhecidos em Sinop (497 km de Cuiabá) por advogar para membros de uma facção criminosa predominante em Mato Grosso. Enquanto Tallis e Hingrity foram detidos em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá).

Já o policial militar, é acusado de repassar diversos boletins de ocorrências em que faccionados tivessem envolvimento.

Os relatórios da investigação policial, que reúnem mais de mil páginas, detalham a conduta dos investigados e mostram que cada advogado tinha uma tarefa bem definida em benefício da organização criminosa. 

A investigação apontou que os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada a quatro advogados, que representavam o braço jurídico do grupo, e havia uma clara divisão de tarefas a fim de obterem vantagem de natureza financeira e jurídica, entre outras, com a prática de crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de capitais.

Ainda foi apontado que os advogados realizaram diversas tarefas para além da atividade jurídica legal, ou seja, atuaram à margem da lei com o propósito de embaraçar investigações policiais, repassar informações da atuação policial em tempo real, auxiliar em crimes graves, como tortura, realizando o levantamento de dados das vítimas. Ainda intermediaram a comunicação entre os líderes da organização criminosa, que estão presos, com outros integrantes que estão soltos.

Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso informou que a Corregedoria-Geral acompanhou o cumprimento de mandado em desfavor do policial e enfatizou que a conduta supostamente praticada não é tolerada e não coaduna com esse tipo de comportamento. Leia na integra.

"A Polícia Militar de Mato Grosso informa que a Corregedoria-Geral está acompanhando os cumprimentos de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em desfavor de um policial militar, em Sinop, durante operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, nesta terça-feira (12.03). A PMMT informa ainda que não coaduna com nenhum tipo de atividade ilícita dentro da instituição e que já foi instaurado procedimento administrativo para apuração de possíveis infrações disciplinares paralelamente à apuração criminal".

Já subseção de Sinop da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que já tem ciência do fato e que irá se pronunciar sobre o caso em breve. O espaço segue aberto. 

A Seccional Mato Grosso da OAB também informou que está acompanhando o caso, através do Tribunal de Defesa de Prerrogativas, para garantir as prerrogativas dos envolvidos, e, posteriormente, será analisado pelo Tribunal de Ética e Disciplina para verificar se houve falta ética. 

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