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Polícia Terça-feira, 16 de Abril de 2024, 08:26 - A | A

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Terça-feira, 16 de Abril de 2024, 08h:26 - A | A

SERIAL KILLERS

Trio de latrocidas que executaram motoristas de App desenvolveu compulsão por matar, diz delegado

Matança começou depois que um dos menores teve um irmão assassinado e ele queria se vingar e demonstrar que o crime também vence

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

O delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o trio envolvido no latrocínio dos motoristas por aplicativo ‘tomaram gosto’ por matar. Segundo a autoridade policial, a partir do momento em que eles mataram pela primeira vez, os suspeitos desenvolveram uma espécie de ‘compulsão’ e queriam matar alguém em todos os crimes que praticassem.

“Inicialmente, era pra ser um crime de roubo. No primeiro, eles roubaram e sem matar o motorista. No segundo, um dos menores teve um irmão que foi assassinado em um assalto e queria se vingar. Ele queria demonstrar que o crime também vence. Então, ele resolveu junto com os outros matar. E aí desperta um sentimento como se fosse de ‘serial killer’ (assassino em série) porque a partir dessa primeira morte, todos os motoristas por aplicativo que eles pegavam eles estavam com um objetivo [de matar], independentemente de ele reagir ou não”, explicou Nilson Farias em entrevista para à TV Centro América, na manhã desta terça-feira (16) .

Os motoristas Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42, desapareceram na última semana em Cuiabá. Os três saíram para trabalhar e não retornaram. Os veículos de Elizeu e Márcio foram encontrados abandonados, mas nem sinal dos homens. Na noite de segunda-feira (15), os corpos de Elizeu e Márcio foram localizados no bairro Jardim Petrópolis, na região do Chapéu do Sol, e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande. No entanto, Nilson ainda não foi encontrado.

Dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram apreendidos e um jovem de 20 anos foi preso por envolvimento no latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Em depoimento, eles confessaram friamente a execução dos crimes e indicaram os locais onde ocultaram os corpos das vítimas.

“Na oitiva, no momento em que eles efetuaram o primeiro homicídio, tiveram prazer nessa morte e surge uma espécie de compulsão, onde eles querem matar um por dia. A princípio, eles queriam praticar o roubo e evoluiu para latrocínio, porque eles queriam o carro”, afirmou o delegado.

Por fim, Farias afirmou que os três devem passar por tratamento psicológico, pois ele acredita que o comportamento deles não é normal.

“Como eles foram presos, a sociedade pode ficar mais tranquila. Eles vão passar por tratamento de insanidade mental porque não é normal esse tipo de comportamento”, finalizou.  

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