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Polícia Sexta-feira, 03 de Maio de 2024, 09:30 - A | A

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Sexta-feira, 03 de Maio de 2024, 09h:30 - A | A

BARBÁRIE EM PEIXOTO

Quatro acusados de duplo homicídio e tentativa de assassinato são indiciados pela polícia

Inês e Bruno Gemilaki e os irmãos Eder e Márcio Gonçalves foram indiciados por homicídio qualificado por duas vezes, já que fizeram duas vítimas, e tentativa de homicídio contra o padre

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

A delegada Anna Paula Marien Pereira, de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), concluiu o inquérito policial e indiciou a fazendeira Inês Gemilaki, o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, o companheiro da mulher, Márcio Ferreira Gonçalves, e o irmão dele, Eder Gonçalves Rodrigues, por homicídio qualificado, homicídio qualificado na forma tentada e formação de quadrilha. Os quatro são envolvidos no crime praticado na cidade que culminou na morte de dois idosos e na tentativa de homicídio contra outras pessoas presentes no local.

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Inês, Bruno e Eder invadiram a residência de Enerci Afonso Lavall, vulgo ‘Polaco’, em Peixoto de Azevedo, no dia 21 de abril, e dispararam contra as pessoas que estavam no local. Os idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, sogro do alvo dos criminosos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, amigo do dono da casa, morreram na ação criminosa. Além disso, o padre José Roberto Domingos, de 45 anos, que estava no almoço, também foi atingido por disparos de arma de fogo no ofensiva, mas sobreviveu ao atentado ao se jogar entre dois sofás do imóvel. Polaco, que era verdadeiro alvo, no entanto, também sobreviveu e não foi atingido por nenhum disparo, apenas por estilhaços.

O crime bárbaro foi motivado por uma disputa judicial envolvendo a casa onde as execuções aconteceram. Isso porque Inês alugava o imóvel de Polaco, mas, ao desocupar o local, deixou um rastro de destruição e R$ 59 mil em dívidas. A investigação demonstrou que Inês também tinha débitos com Rui, o que a motivou a disparar contra ele.

Dessa forma, o quarteto foi indiciado por homicídio qualificado por duas vezes, já que fizeram duas vítimas e tentativa de homicídio contra o padre.

“Restando demonstrado nos autos do presente caderno investigativo prova da materialidade e indícios suficientes de autoria, remeto o presente para que o Ilmo. Representante do parquet estadual forme a sua opinio delicti. Portanto, concluo que todas as diligências inerentes à apuração dos fatos foram realizadas, assim sendo, determino ao escrivão de meu cargo, que após os registros de praxe, faça a remessa do presente caderno policial ao Poder Judiciário, colocando-me à disposição para quaisquer esclarecimentos e diligências”, traz trecho do documento.

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PRISÕES

Os quatro estão presos. Inês e Bruno se entregaram à polícia na tarde de 23 de abril. Os irmãos Márcio Ferreira Gonçalves e Eder Gonçalves Rodrigues foram presos em Alta Floresta (791 km de Cuiabá), para onde fugiram, na manhã do mesmo dia. Em audiência de custódia, Inês teve a prisão mantida pelo juiz João Zibordi Lara, do Plantão da Comarca de Peixoto de Azevedo. Ela permanecerá detida até o cumprimento da decisão dos autos da decretação da prisão preventiva de outro processo que tramita na Justiça. 

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