As investigações apontou que o grupo alvo da “Operação Hermes II” deflagrada na manhã desta quarta-feira (8) que extraiu quase R$ 3 bilhões em ouro da Amazônia, usava empresas de fachada sem sede física com uso de testa de ferro ou laranja. Ao todo são estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão Cuiabá, Poconé, Peixoto de Azevedo, Cáceres, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nossa Senhora do Livramento e Nova Lacerda.
A PF ainda informou que o grupo utilizava laranjas para ocultar o verdadeiro responsável pelas operações ilegais do grupo e ocultar o proprietário de bens. Além disso, as investigações apontam.
- Mistura entre capital ilícito com eventual capital lícito para tornar mais difícil a separação de um e de outros para dificultar futuras investigações.
- Empresas sem um funcionário sequer.
- Compra e venda de imóveis com valorização artificial para justificar a origem ilícita do dinheiro utilizados.
- Uso do Aeroporto Internacional de Viracopos para o transporte de mercúrio.
OPERAÇÃO HERMES II
A investigação apontou que as principais formas utilizadas pelos investigados para a movimentação de valores foram a utilização de interpostas pessoas, como laranjas, com o fim de ocultar o verdadeiro responsável pelas operações comerciais e financeiras ou mesmo o verdadeiro proprietário de bens, diretos e valores, empresas fantasma.
Além das buscas, foi decretada pela Justiça a imposição de fianças de duzentos salários mínimos e o sequestro e indisponibilidade de bens dos investigados em montante superior R$ 2,9 bilhões, visando reparar os danos, a operação engloba a fiscalização pelo IBAMA com a possibilidade de aplicação de multas, suspensão de atividades e embargos de áreas de mineração pelo IBAMA, assim como a apuração de condutas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas com a importação e comércio de mercúrio, recicladoras de resíduos e mineradoras de ouro.
Os investigados responderão, na medida de suas condutas, pelos crimes ambientais e contra a administração ambiental (Lei n. 9.605/98), falsidade ideológica, uso de documento falso, contrabando, associação criminosa, receptação e perigo para a vida ou saúde de outrem, além de organização criminosa, usurpação de bens da União e ocultação de bens.
Todo o material probatório e bens apreendidos serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Campinas para continuidade das análises.
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