O padre José Roberto Domingos, de 45 anos, um dos sobreviventes da ofensiva à bala contra um grupo que almoçava junto em uma residência de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá) no último domingo (21), passou por cirurgia e recebeu alta nesta terça-feira. Dois idosos morreram vítimas dos disparos desferidos por mãe e filho.
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Segundo informações repassadas pela Igreja Matriz de Peixoto, o religioso foi atingido na mão pelos disparos e passou por uma cirurgia na segunda-feira, em um hospital de Sinop (500 km de Cuiabá).
O procedimento aconteceu sem complicações e, na manhã de terça, recebeu alta hospitalar. Ele está se recuperando em uma paróquia de Sinop.
Em um áudio que circula no WhatsApp, o padre descreve os momentos de horror. Na gravação, ele confirma a veracidade do acontecido, que ainda era tratado como rumor na cidade. De acordo com o religioso, ele foi salvo ‘pelas mãos de Deus’ e por ter se jogado atrás do sofá.
“Nós estamos em um aniversário de um amigo nosso aqui e chegaram dois rapazes atirando e um deles, inclusive, tinha começado há poucos dias a trabalhar aqui no hospital de Peixoto. Não sei que rixa eles tinham com o dono da casa, mas escapei mesmo. Primeiramente, pela mão de Deus e, depois, me joguei atrás do sofá e a bala passou ainda pelos dois sofás e pegou na minha mão”, narrou.
O padre relatou que o disparo ricocheteou e bateu no relógio. Depois, um dos pistoleiros atirou mais uma vez e ele foi atingido apenas por estilhaços. No entanto, o atirador pensou que o religioso tinha morrido e fugiu do local.
“Eu jogado no chão já, e a bala ricocheteou no relógio, foi o que segurou, senão teria me matado. Ele deu mais outro tiro e caíram uns vidros nas minhas costas e acho que ele pensou que eu tinha morrido. O senhor que estava do meu lado morreu ali. Momento muito triste”, disse.
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O CRIME
Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki, invadiram uma residência de Peixoto de Azevedo e mataram Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos. Eles estavam procurando por Ineci, vulgo 'Polaco', dono da residência e com quem travaram uma batalha judicial por causa de atrasos no aluguel do imóvel que Inês alugava. O alvo, no entanto, não foi atingido pelos disparos.
À ocasião, Márcio, que é companheiro da mulher, atuou como ‘piloto de fuga’. Depois do crime, os três fugiram. Vídeo de uma câmera de monitoramento de Matupá flagrou Inês e Bruno comprando bebidas alcoólicas, refrigerantes e água em uma conveniência do município.
PRISÕES
Nesta terça-feira, Inês, Bruno e o companheiro dela, Márcio Ferreira Gonçalves, que atuou como piloto de fuga, foram presos pela Polícia Civil. Mãe e filho se entregaram às autoridades e comparsa foi encontrado em uma residência do centro de Alta Floresta (791 km de Cuiabá), onde foi detido junto com o irmão Eder Gonçalves Rodrigues.
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