Análises preliminares apontam que o aluno soldado Lucas Veloso Perez morreu afogado durante treinamento do Corpo de Bombeiros na Lagoa Trevisan nesta terça-feira (27). Foram identificados, nos primeiros momentos, duas lesões características de afogamento: os cogumelos de espuma e as manchas de paltauf. Os achados afastam, inicialmente, a hipótese de que Veloso tenha sofrido mal súbito como foi divulgado nas primeiras horas após sua morte.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) já requereu a instauração de um inquérito militar para apurar as circunstâncias da tragédia envolvendo o aluno soldado. Ainda na terça-feira, vieram à tona relatos de testemunhas dando conta de que Lucas foi submetido à prática de 'caldos', isto é, quando a pessoa é forçada a submergir.
Oficialmente, o Corpo de Bombeiros não se manifestou sobre as denúncias. A corporação se limitou a dizer que o caso está sob acompanhamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).
Essa não é a primeira vez que um aluno soldado morre durante um treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan. Em 2016, Rodrigo Claro morreu no mesmo local. A tenente Izadora Ledur chegou a ser condenada por maus-tratos à vítima, mas a punibilidade foi extinta em 2022.
Nesta quarta-feira, a mãe de Rodrigo Claro veio a público lamentar a morte de Lucas Perez. "Tudo volta ao que eu vivi há sete anos atrás (sic). Não é mais um caso isolado. Quantos outros vão morrer? Qual vai ser a próxima família a enterrar um filho?", questionou Jane Claro aos prantos, em entrevista concedida à Rádio Vila Real.
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