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Polícia Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 09:19 - A | A

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Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 09h:19 - A | A

HOMICÍDIO DE IDOSOS

Esposa de Eder afirma que ele foi coagido a participar dos assassinatos em Peixoto

Ele teria entrado no carro da mulher sob o pretexto de comprar mais cerveja, mas o filho dela o ameaçou com uma espingarda, conforme depoimento prestado à polícia

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Em depoimento concedido à Polícia Civil, Jéssica Furtado, a esposa de Eder Gonçalves Rodrigues, preso acusado de envolvimento no duplo homicídio de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), contou que o marido foi coagido pela atiradora Inês Gemilaki a participar dos crimes. Ele teria entrado no carro da mulher sob o pretexto de comprar mais cerveja, mas o filho dela, Bruno Gemilaki, que aparece com arma em punho durante a cena do crime, ameaçou-o com uma espingarda.

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No depoimento, a mulher conta que, no domingo, dia dos fatos, ela, Eder, Inês, Bruno e o marido de Inês, Márcio Gonçalves, estavam em uma residência comemorando o aniversário dela junto com familiares e amigos. Inês e Bruno estavam ingerindo bebidas alcoólicas e Márcio chegou a pedir para ela ‘dar uma segurada’ na bebedeira. No entanto, ela não acatou o pedido.

Em seguida, Márcio saiu da casa e disse que iria até sua oficina para terminar de consertar um carro. Depois que a bebida alcoólica acabou, Inês chamou Eder para comprar mais. No carro, Bruno apontou uma espingarda em direção ao homem e Inês o indagou: "você está com a gente ou contra nós?" Então, eles foram em direção à casa onde o crime aconteceu.

Segundo Eder narrou à esposa, Inês e Bruno desceram do carro com as armas de fogo, entraram na casa e mataram os idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos. Depois, fugiram.

Eder contou que desceu do carro, mas não entrou na casa e sequer portava algum armamento. No entanto, em um vídeo gravado no local do crime, o homem aparece dentro da garagem da casa e com uma arma na mão. Horas mais tarde, ele liga para a esposa dizendo que Inês e Bruno haviam ‘feito uma cagada’.

Contudo, em seu depoimento, Eder permaneceu em silêncio e afirmou que iria se manifestar apenas em juízo.

Os irmãos Márcio e Eder foram pegos em uma residência de Alta Floresta (791 km de Cuiabá), na manhã de terça-feira (23). Inês e Bruno se entregaram à Polícia na tarde do mesmo dia.

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O CRIME

Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki, invadiram uma residência de Peixoto de Azevedo e mataram Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos. Eles estavam procurando por Ineci, vulgo 'Polaco', com quem possuíam uma batalha judicial por causa de atrasos no aluguel do imóvel que Inês alugava de Polaco. O alvo, no entanto, não foi atingido pelos disparos.

À ocasião, Márcio, que é companheiro da mulher, atuou como ‘piloto de fuga’. Depois do crime, os três fugiram. Vídeo de uma câmera de monitoramento de Matupá flagrou Inês e Bruno comprando bebidas alcoólicas, refrigerantes e água em uma conveniência do município.  

 

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