Na terça-feira (17), a Gannett Co., empresa controladora do jornal, classificou a ação como infundada e declarou que defenderá seus direitos garantidos pela Primeira Emenda. A ação judicial reflete a contínua campanha de Trump contra veículos de mídia que, segundo ele, o prejudicaram.
No último fim de semana, a ABC concordou em pagar US$ 15 milhões para o financiamento de uma biblioteca presidencial de Trump como parte de um acordo em um processo de difamação contra George Stephanopoulos. O jornalista havia afirmado de forma imprecisa que Trump foi considerado civilmente responsável por estupro.
A pesquisa do Des Moines Register, conduzida pela agora aposentada pesquisadora J. Ann Selzer, causou choque ao sugerir que a vantagem de Trump no Estado, de tendência republicana, havia desaparecido. Contudo, nas eleições, Trump venceu em Iowa com uma vantagem superior a 13 pontos porcentuais.
"Há uma razão muito clara pela qual ninguém previu isso: porque uma vantagem de três pontos para Harris em um Estado profundamente republicano como Iowa não era realidade", afirma o processo. "Era uma ficção projetada para interferir na eleição."
Trump argumenta que a pesquisa aumentou o entusiasmo entre democratas, obrigou os republicanos a desviar tempo e recursos para áreas onde estavam na frente e enganou o público ao fazê-lo acreditar que os democratas estavam em uma posição melhor do que realmente estavam.
O processo foi registrado na noite de segunda-feira (16) no tribunal distrital do condado de Polk, em Iowa. Ele se baseia na lei de fraude ao consumidor de Iowa e não solicita valores específicos em indenização, mas pede que um júri determine danos reais e os triplique.
Independentemente do resultado judicial, o caso pode ter um efeito intimidador além de Iowa. Trump declarou nos documentos judiciais que espera dissuadir "radicais de continuarem agindo com intenção corrupta ao divulgar pesquisas fabricadas para distorcer os resultados eleitorais em favor dos democratas."
Lark-Marie Anton, porta-voz do Des Moines Register, reconheceu que a pesquisa pré-eleitoral não refletiu os resultados reais e divulgou informações técnicas explicando os dados e o que deu errado. "Apoiamos nossa cobertura sobre o assunto e acreditamos que a ação judicial não tem mérito", afirmou.
A pesquisadora não respondeu imediatamente a um pedido de comentário na terça-feira, 17. Contudo, ela disse à PBS em Iowa na semana passada: "Não faz parte da minha ética criar uma pesquisa para entregar um resultado específico." Ela expressou perplexidade sobre quais motivações as pessoas poderiam atribuir a ela.
"É difícil levar isso a sério quando sugerem, sem nenhuma evidência, que eu estava conspirando com alguém ou sendo paga por alguém. Tudo isso soa como uma acusação de crime, e isso é muito grave", concluiu. Fonte: Associated Press.
(Com Agência Estado)
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