Há meses, o processo contra Trump estava parado devido a um recurso ligado a um relacionamento amoroso entre Fani e o promotor especial Nathan Wade, que ela havia contratado para liderar o caso.
Citando uma "aparente impropriedade", que normalmente não justificaria tal remoção, o tribunal decidiu, por 2 votos a 1, que "este é o raro caso em que o afastamento é obrigatório e nenhuma outra solução será suficiente para restaurar a confiança pública na integridade do processo".
O escritório da promotora sinalizou que pedirá ao Supremo Tribunal da Geórgia que revise a decisão. Mesmo assim, dar seguimento a um caso criminal contra um presidente em exercício é praticamente impossível. Trump voltará à Casa Branca superando todos os esforços para processá-lo e fortalecido por uma decisão da Suprema Corte dos EUA que lhe concede imunidade para "atos oficiais".
Crime
O afastamento ocorre semanas após o procurador especial, Jack Smith, abandonar duas ações federais contra o presidente eleito. Enquanto isso, a sentença de um caso de pagamento secreto em Nova York foi suspensa indefinidamente devido à vitória de Trump, em novembro, sobre Joe Biden.
Um grande júri de Atlanta indiciou Trump e 18 pessoas, em agosto de 2023, usando a lei estadual de combate ao crime organizado para acusá-los de participar de um esquema ilegal para tentar reverter a estreita derrota de Trump para Biden nas eleições presidenciais de 2020 na Geórgia.
O esquema incluiu uma ligação de Trump ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo ajuda para encontrar cerca de 12 mil votos, que seriam suficientes para vencer Biden. Quatro pessoas se declararam culpadas.
Trump disse ontem à Fox News Digital que o caso "não deveria prosseguir". "Todos deveriam receber um pedido de desculpas, incluindo aqueles patriotas maravilhosos que foram apanhados nisso por anos", declarou o republicano.
Defesa
Steve Sadow, principal advogado de defesa de Trump na Geórgia, disse que a decisão foi "bem fundamentada e justa". Ele afirmou que o tribunal de apelações "destacou que a má conduta de Willis criou um 'odor de mendacidade' e uma aparência de impropriedade que só poderia ser sanada pela desqualificação dela e de todo o seu escritório."
As acusações de que a promotora se beneficiou indevidamente de seu relacionamento com Wade resultaram em meses tumultuados no caso, enquanto detalhes íntimos da vida pessoal dos dois foram expostos em tribunal em meados de fevereiro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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