Para o analista, a pandemia amplificou problemas anteriores na região, que já sofria com crescimento baixo e insatisfação da população com relação a políticos e serviços públicos.
Por isso, Garman vê um "ciclo agudo" de insatisfação na região, que pode se manifestar no ciclo eleitoral. "Vimos vários tipos de políticos anti-establishment surgirem, seja à esquerda, no México, com Manuel López Obrador, ou à direita, com Jair Bolsonaro no Brasil. O que estamos vendo é que a pandemia vai exacerbar esses níveis de frustração de eleitores, porque o governo terá limitações fiscais que ele não pode resolver, a desigualdade de renda tende a crescer", afirmou.
Segundo Garman, a América Latina está indo em direção à esquerda, puxada não por um fator ideológico, mas por um movimento pró-mudanças.
Do ponto de vista positivo, Garman destaca que os principais países da região aderiram em massa à vacinação e devem ficar bem posicionados em relação às próximas ondas de covid-19.
(Com Agência Estado)
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