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Mundo Domingo, 10 de Novembro de 2024, 14:00 - A | A

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Domingo, 10 de Novembro de 2024, 14h:00 - A | A

Milhares protestam contra governo regional conservador após inundações

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Milhares de pessoas protestaram na cidade de Valência, na Espanha, para exigir a renúncia do líder do governo regional, Carlos Mázon, após as inundações da semana passada, que deixaram mais de 200 mortos e outras pessoas desaparecidas.

Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia de choque em frente à prefeitura de Valência, onde iniciaram a manifestação em direção à sede do governo regional. A polícia usou cassetetes para contê-los.

O líder regional Carlos Mazón, do conservador Partido Popular, está sob enorme pressão depois que sua administração falhou em emitir alertas de inundação para os celulares dos cidadãos até horas após o início das enchentes, na noite de 29 de outubro.

Muitos manifestantes ergueram cartazes feitos em casa ou gritavam "Mazón, renuncie!". Outros carregavam placas com mensagens como "Vocês nos mataram!". Ao chegarem à sede do governo regional, alguns manifestantes jogaram lama no prédio e deixaram impressões de mãos sujas em sua fachada.

No sábado, Mazón disse à emissora regional À Punt que "haverá tempo para responsabilizar as autoridades", mas que agora "é hora de continuar limpando nossas ruas, ajudando as pessoas e reconstruindo". Ele disse ainda que respeitava a manifestação.

Mazón, do conservador Partido Popular, está sendo criticado pelo que as pessoas percebem como uma resposta lenta e caótica ao desastre natural. Milhares de voluntários foram os primeiros a chegar a muitas das áreas mais afetadas nos arredores do sul de Valência. Levou dias para que as autoridades mobilizassem os milhares de reforços policiais e soldados que o governo regional pediu às autoridades centrais para enviar.

Na Espanha, os governos regionais são responsáveis pela proteção civil e podem solicitar ao governo nacional em Madri, liderado pelos socialistas, recursos adicionais.

Mazón defendeu sua atuação na crise, dizendo que a magnitude do desastre era imprevisível e que sua administração não recebeu alertas suficientes das autoridades centrais. Fonte: Associated Press.

(Com Agência Estado)

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