O Estadão/Broadcast mostrou na semana passada que o governo brasileiro se organizava para retirar nacionais de solo libanês caso a situação se agravasse. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio atualmente está no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país, de acordo com a Agência Brasil.
Segundo o Itamaraty, a data será divulgada após análise das condições de segurança para voo. O plano inicial da Força Aérea Brasileira é que a decolagem saia do aeroporto da capital Beirute, que ainda está aberto.
"A Embaixada no Líbano está tomando as providências necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais", diz a nota divulgada pelo Itamaraty.
Na semana passada, os bombardeios israelenses no Líbano causaram a morte de dois adolescentes brasileiros. Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, morreram em bombardeios contra o no Vale do Bekaa, um subúrbio de Beirute, no dia 23 de setembro.
Há cerca de três semanas, o Líbano tem sofrido de maneira mais intensa com os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no sul do Líbano e no Vale do Bekaa. Nesta segunda-feira, autoridades americanas informaram que as Forças de Defesa de Israel (IDF) planejam uma invasão terrestre no Líbano. A operação pode começar a qualquer hora e marcaria a primeira campanha por terra de Israel no país vizinho desde 2006.
Até então, a orientação atual da Embaixada Brasileira em Beirute era de que os brasileiros que pudessem sair do país pelo aeroporto da capital, assim fizessem. Porém, voos têm sido cancelados com mais frequência, à medida que Israel continua com os bombardeios nos arredores de Beirute e locais próximos ao aeroporto.
(Com Agência Estado)
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