Em discurso na TV, o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, prometeu cumprir os objetivos da guerra, que qualificou como uma "missão sagrada". "Enquanto o inimigo ameaçar nossa existência e a paz de nosso país, continuaremos a lutar", disse. "Não vamos parar até concluir a missão."
O Exército de Israel enviou ontem sua terceira divisão para o sul do Líbano. Analistas estimam que cerca de 10 mil soldados estejam agora lutando contra o Hezbollah, o que coloca em xeque a noção de que a ofensiva militar seria uma "invasão limitada", como foi relatado no início dos combates.
As forças israelenses afirmam que o objetivo é afastar o Hezbollah o máximo possível para longe da fronteira e interromper os ataques com mísseis ao norte de Israel. Beirute também foi bombardeada ontem, principalmente Dahiya, área muito povoada ao sul da capital, reduto do Hezbollah - 22 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas.
Fuga
Um dos ataques de ontem atingiu um quartel de bombeiros no sul do Líbano e matou pelo menos 10 homens que se preparavam para sair em serviço. O governo libanês disse que o ataque era um crime de guerra. No total, mais de 2 mil pessoas morreram no Líbano em um ano de guerra, a maioria nas últimas três semanas - mais de 100 mil ficaram feridas.
O aumento das operações israelenses despovoou cidades inteiras no sul do Líbano. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, a maioria dos moradores da cidade costeira de Tiro, que chegou a ter 200 mil habitantes, fugiu. A ONU estima que 1,2 milhão de libaneses foram forçados a deixar suas casas, o que significa mais de 20% da população.
Os combates são intensos também em Gaza. Ontem, novos foguetes foram disparados contra Israel da cidade de Khan Younis. Os projéteis foram interceptados, e Israel disse que os lançadores foram destruídos por caças.
Horas depois, as sirenes soaram em Tel-Aviv por causa de cinco foguetes disparados do enclave palestino. Pelo menos dois conseguiram romper as defesas aéreas de Israel, atingindo o leste da cidade. Duas mulheres ficaram levemente feridas por estilhaços.
Minuto de silêncio
As homenagens às 1,2 mil vítimas do atentado de 7 de outubro de 2023 começaram em Re'im, local do massacre do festival de música Nova, onde uma multidão observou um minuto de silêncio às 6h29, hora do início do ataque do Hamas. O lugar permanece praticamente intacto, com veículos queimados, tendas, sacos-cama e roupas espalhadas pelo campo.
Outras manifestações foram realizadas em Tel-Aviv e Nir Oz, kibutz onde 30 habitantes morreram e mais de 70 foram feitos reféns. Vigílias foram realizadas em várias partes do país. Algumas famílias dos sequestrados se concentraram diante da residência oficial do premiê Binyamin Netanyahu, em Jerusalém, para protestar contra o governo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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