"O governo americano é o principal defensor das ações do regime sionista Israel e o mundo espera a promessa do novo governo americano de pôr fim imediatamente à guerra contra as populações inocentes de Gaza e Líbano", afirmou o primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref, em uma cúpula conjunta em Riad, na Arábia Saudita, da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica.
O primeiro vice-presidente do Irã também condenou as mortes de Yahya Sinwar, do Hamas, e Hassan Nasrallah, do Hezbollah. "As operações de assassinato seletivo não são nada além de ilegalidade e terrorismo organizado, e transformam o aparato de segurança em uma ferramenta para matar líderes e cidadãos dos países".
Este é o segundo pronunciamento de um político ligado ao governo do Irã desde as eleições americanas. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, apontou que o Irã "não se importa" com o resultado das eleições nos Estados Unidos, em uma declaração à agência estatal IRNA, na quarta-feira, 6. "Para nós não importa quem ganhou as eleições americanas, porque o nosso país e o nosso sistema dependem da sua força interior e de uma nação grande e honrada", disse Pezeshkian.
Segundo promotores, agentes do Irã planejaram matar Trump
As declarações de Teerã sobre a vitória de Trump ocorrem em meio a investigações de promotores federais dos EUA sobre planos de agentes do Irã para assassinar o presidente eleito.
Um dos conspiradores disse que foi designado em setembro para executar o plano pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, segundo informações dos promotores em documentos judiciais. O agente afirmou a um funcionário da Guarda Revolucionária que esse plano custaria uma quantia "enorme" de dinheiro, segundo a denúncia. Em resposta, o funcionário disse: "Já gastamos muito dinheiro", acrescentando que "dinheiro não é um problema".
O homem que os promotores disseram ter sido encarregado do plano para matar Trump é Farhad Shakeri, de 51 anos. Ele está foragido e os promotores acreditam que ele mora no Irã. Dois outros homens foram presos no caso e enfrentam acusações de conspiração: Carlisle Rivera, de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathan Loadholt, de 36 anos, de Staten Island.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã, por sua vez, apontou no sábado, 9, que as acusações dos EUA são "totalmente infundadas".
"O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmail Baghai, considera completamente infundadas as acusações de que o Irã está envolvido numa tentativa de assassinato contra antigos e atuais funcionários dos EUA e rejeita-as", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
Tentativas do Irã
Esta não é a primeira vez que Teerã tenta matar Trump. Os serviços de inteligência dos Estados Unidos detectaram um plano do Irã que seria executado durante a campanha do republicano.
O complô de Teerã decorre do desejo de vingança pela morte do general Qassim Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, considerado terrorista pelos Estados Unidos. O bombardeio que matou Sumeimani no aeroporto de Bagdá, em 2020, foi ordenado por Trump, na época, presidente dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
(Com Agência Estado)
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