O ataque atingiu uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. A família era formada pelos pais e seis filhos com idades entre 8 e 23 anos, de acordo com o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, para onde os corpos foram levados. Segundo o hospital, outras sete pessoas - incluindo duas mulheres e uma criança em estado crítico - ficaram feridas.
Mais de um ano após o início da guerra com o grupo terrorista Hamas, Israel continua a atacar o que afirma serem alvos militantes em Gaza quase todos os dias. O exército diz que tenta evitar ferir civis e atribui as mortes ao Hamas e outros grupos armados, que operam em áreas densamente povoadas.
O exército raramente comenta sobre ataques individuais, que frequentemente matam mulheres e crianças. Nos últimos meses, atacou repetidamente escolas usadas como abrigos por pessoas deslocadas, acusando os militantes de se esconderem entre elas.
Israel pressiona pela evacuação total do norte de Gaza
No norte de Gaza, as forças aérea e terrestre israelenses têm atacado Jabaliya, onde o Exército afirma que os terroristas se reagruparam. Ao longo do último ano, as forças israelenses retornaram repetidamente ao campo de refugiados consolidado, que remonta à guerra de 1948 em torno da criação de Israel, e a outras áreas severamente afetadas.
Israel ordenou a evacuação total do norte de Gaza, incluindo a cidade de Gaza. Cerca de 400 mil pessoas permanecem no norte após uma evacuação em massa ordenada nas semanas iniciais da guerra. Os palestinos temem que Israel pretenda desocupar permanentemente o norte para estabelecer bases militares ou assentamentos judaicos na região.
O exército confirmou no sábado que os hospitais estavam incluídos nas ordens de evacuação, mas disse que não havia estabelecido um cronograma específico. Ele informou que um comboio médico programado para transferir pacientes do Hospital Kamal Adwan nos últimos dias foi cancelado por motivos de segurança - sem dar mais detalhes - mas que o comboio havia entregue combustível ao hospital no sábado.
O bombardeio e as invasões terrestres de Israel em Gaza já mataram mais de 42 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas. Segundo o ministério, os ataques também deixaram grande parte do território em ruínas.
As autoridades médicas palestinas não informam se as vítimas dos ataques israelenses são terroristas ou civis, mas afirmam que mulheres e crianças representam mais da metade das mortes. Israel afirma ter matado mais de 17 mil combatentes, sem apresentar evidências.
A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando cerca de 250. Cerca de 100 reféns ainda estão sendo mantidos em Gaza, um terço dos quais acredita-se que esteja morto.
Israel deve atacar o Irã enquanto os combates continuam no Líbano
A milícia xiita radical libanesa Hezbollah, que é aliada do Hamas, começou a disparar foguetes contra Israel em 8 de outubro de 2023, provocando ataques aéreos de retaliação. O conflito se intensificou drasticamente em setembro com uma onda de ataques israelenses que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e a maioria de seus comandantes seniores. Israel lançou uma operação terrestre no sul do Líbano no início deste mês.
Pelo menos 2.255 pessoas foram mortas no Líbano desde o início do conflito, incluindo mais de 1.400 pessoas desde setembro, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, que também não informa quantos eram combatentes do Hezbollah. Pelo menos 54 pessoas foram mortas nos ataques com foguetes contra Israel, quase metade delas soldados.
O Irã, que apoia o Hezbollah e o Hamas, lançou cerca de 180 mísseis balísticos contra Israel em vingança pela morte de Nasrallah, um general iraniano que estava com ele, e de Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, que morreu em uma explosão na capital do Irã em julho, atribuída a Israel.
(Com Agência Estado)
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