A juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, suspendeu, na terça-feira (20), a audiência de continuação que apura a morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, para investigar uma possível contestação de má-fé da defesa da infratora de 15 anos. Os advogados de defesa teriam tentado incluir peritos particulares durante os procedimentos. A vítima foi morta com um tiro na cabeça, no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá.
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Conforme foi apurado, os advogados de defesa da família da adolescente teriam tentado incluir documentos de uma perícia particular contratada pelos juristas. A inserção teria sido feita durante a audiência, realizada na terça-feira.
A defesa da família contratou dois peritos, sendo um homem e uma mulher, de outro estado para fazer uma perícia particular. Diante disso, os advogados queriam que os profissionais fossem arrolados na audiência como testemunhas. Devido à tentativa, a magistrada pediu a suspensão da do procedimento.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) se manifestou contrário aos depoimentos dos peritos na audiência e as classificou como “testemunhas contratadas”.
Depoimentos
As audiências foram realizadas virtualmente devido à pandemia do coronavírus. Na terça-feira, foram ouvidas as testemunhas que estavam na casa da família Cestari onde ocorreu a morte de Isabele. Entre elas, o pai da adolescente infratora de 15 anos, Marcelo Martins Cestari, 46 anos, e a mãe da menor, Gaby Cestari.
Eles serão ouvidos 28 dias depois de adolescente e o namorado de 16 anos serem ouvidos também de maneira remota. Por envolver menores, os conteúdos dos depoimentos não foram revelados. O caso está em segredo de Justiça.
A juíza Cristiane Padim foi a responsável por aceitar a representação criminal do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) que pediu a internação da adolescente por ato infracional análogo a homicídio doloso, quando tem a intenção de matar, no dia 15 de setembro.
Após a determinação da juíza, a menor se apresentou à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), na noite de terça-feira (15) e foi levado ao Centro de Ressocialização Menina Moça. Porém, na manhã do dia seguinte (16), o desembargador Rui Ramos concedeu habeas corpus à jovem e a investigada deixou a unidade pela porta lateral.
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