A esposa de Éder Ferreira Gonçalves, Jéssica Furtado, 'inocentou' o cunhado, Márcio Ferreira Gonçalves, da suposta participação na ofensiva armada por mãe e filho que culminou nas execuções de Rui Luiz Bogo, de 68 anos, e Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), no domingo (21). De acordo com ela, Márcio estava numa oficina quando a esposa dele, Inês Gemilaki, o enteado, Bruno Gemilaki, e o irmão dele, Éder Gonçalves, cometeram o crime.
Os quatro estariam comemorando o aniversário de Jéssica quando Inês começou a 'exagerar' na bebida. Márcio alertou para que ela não continuasse a beber, mas, diante da insistência da esposa em continuar ingerindo álcool, ele teria deixado a festa e seguido para uma oficina. Éder, por sua vez, foi 'convidado' por Inês e Bruno para comprarem mais bebida, momento em que, sob ameaças, foi obrigado a ir até a casa onde ocorreu o crime.
Apesar de confirmar a participação do marido na empreitada, a mulher alegou à polícia que ele teria sido coagido por Inês e Bruno, que estavam armados. Durante oitiva na delegacia, tanto Márcio quanto Éder exerceram o direito de permanecerem calados.
De acordo com Jéssica, Márcio só encontrou o trio na fazenda de Inês depois do crime. Ele teria dito que iria ajudá-la a fugir para resgatar o irmão, mas o grupo acabou se separando na estrada e não chegaram juntos a Alta Floresta.
O alvo do crime seria 'Polaco', um dos donos de uma casa que era alugada por Inês. O contrato acabou sendo alvo de litígio por conta de uma dívida de R$ 59,1 mil. 'Polaco' perdeu a demanda na Justiça, mas a briga entre as famílias continuou.
Márcio e Éder foram os primeiros a ser presos na manhã desta terça-feira. Inês e o filho, o médico Bruno Gemilaki, apresentaram-se à polícia horas depois. A dupla foi encaminhada à unidade prisional de Colíder, no caso de Inês, e à cadeia pública de Peixoto de Azevedo, no caso de Bruno.
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