O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) confirmou, nesta quarta-feira (5), o cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado contra o servidor da Assembleia Legislativa, Francisvaldo Mendes Pacheco, chefe de Gabinete do deputado Romoaldo Júnior (PMDB).
O investigado foi conduzido para prestar depoimento na sede do Gaeco e posteriormente levado para realizar exames no Instituto Médico Legal (IML). Após os exames, Francisvaldo foi levado para o Centro de Custódia da Capital (CCC).
A prisão faz parte da segunda fase da operação Ventríloquo, denominda de Filhos de Getepo. O Ministério Público também ofereceu denúncia contra Francisvaldo pela prática dos crimes de constituição de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Ainda figura na denúncia o advogado Julio Cesar Domingues Rodrigues pela prática do crime de extorsão.
A denúncia aponta que entre 2013 e 2014 os investigados, além de Francisvaldo e Julio Cesar, o ex-deputado José Riva, e os servidores do Legislativo Anderson Flavio de Godoi, Luiz Marcio Bastos Pommot, Joaquim Fábio Mielli Camargo constituíram uma organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas com o objetivo de desviar recursos públicos do Parlamento.
Outros parlamentares
A denúncia aponta o envolvimento de outros parlamentares. Porém, os nomes não foram divulgados pela imprensa devio o foro privilegiado.
Sobre a denúncia
Consta ainda que, formatada a organização criminosa, inclusive com clara divisão de papéis, no período compreendido entre fevereiro e abril de 2014, os investigados subtraíram dinheiro R$ 9.480.547,69 em proveito próprio e alheio. Eles se valeram da facilidade que proporcionava a condição de funcionários públicos de alguns de seus membros.
Foi constatado também que no mesmo período os investigados, em continuidade delitiva, ocultaram e dissimularam a natureza e a origem dos valores provenientes de infração penal. Julio Cesar Domingues Rodrigues, José Geraldo Riva, Anderson Flavio de Godoi e Luiz Marcio Bastos Pommot já haviam sido denunciados pelos crimes mencionados, cuja ação penal encontra-se em fase final de instrução processual.
Delação revogada
Conforme a assessoria do MPE, os promotores que integram o Gaeco com pedido de rescisão da colaboração premiada firmada com Joaquim Fabio Mielli Camargo.
Segundo os integrantes do Gaeco, as razões apontadas são suficientes para embasar o pedido de prisão preventiva de Francisvaldo.
Depoimento de Romoaldo
O deputado estadual Romoaldo Júnior foi intimado pelo Gaeco para depor como testemunha na tarde desta quarta-feira (5) sobre o caso. Segundo o advogado Francisco Faiad, Romoaldo negou envolvimento com o esquema investigado, que teria acontecido durante o período em que o parlamentar presidiu a Assembleia Legislativa.
Romoaldo ocupava o cargo, em substituição a José Riva, afastado da presidência na época por força de decisão judicial. Segundo o parlamentar, ele não teria participado de nada. Após o depoimento, que durou quase duas horas, Romoaldo disse à imprensa que não sabia da prisão do seu chefe de gabinete, Francisvaldo Pacheco.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
jamil 05/10/2016
- Dessa vez quase saiu a prisão do chefe dele. Tirou tinta... Apos o dia 13, quando o RIVA falar, aí, não sei não.....
1 comentários