Na melhor de três, o brasileiro acabou derrotado nas duas primeiras baterias e deu adeus ao objetivo de voltar para casa com o troféu de campeão da temporada de 2024. Florence venceu a primeira disputa nos momentos finais(15,50 a 15,33) es no segundo confronto teve mais equilíbrio para definir a vitória por 18,13 a 16,30 e se sagrar tricampeão da WSL.
Ele se igualou a Gabriel Medina (também tricampeão) e quebrou a sequência de cinco mundiais dos brasileiros. Antes dessa conquista, Florence foi o único surfista estrangeiro que ficou em primeiro no circuito na última década (2016 e 2017). Campeão em 2019, Italo buscava o bicampeonato.
A derrota de Italo interrompeu a chance de o surfe nacional emplacar o seu oitavo titulo em dez edições do WSL. O revés tirou também a hegemonia dos brasileiros nas recentes etapas decisivas da modalidade. Vale lembrar, que desde que a WSL adotou o formato Finals para definir o campeão mundial, só o Brasil brilhou. Em 2021, o troféu ficou com Gabriel Medina. Já em 2022 e 2023, a taça do circuito mundial foi para as mãos de Filipe Toledo.
Por ter se classificado em quinto lugar no Finals (etapa decisiva que engloba os cinco melhores surfistas ranqueados), coube a Italo cumprir o caminho mais longo. Para chegar à decisão, ele precisou inicialmente superar Ethan Ewing (4º na lista), na primeira bateria. Na sequência, foi a vez de passar por Jack Robinson (3º). A maratona continuou com o duelo diante de Griffin Colapinto (2º) para só então ter o direito de brigar pelo título contra Florence em uma melhor de três baterias.
Na primeira das três disputas que definiriam o campeão, o período de calmaria marcou o início da final masculina. Italo só conseguiu pegar uma onda depois de 13 minutos na água e obteve 4,67. N sequência, ele aplicou um aéreo de backside com movimento completo e atingiu a somatória de 12,00 pressionando o seu rival.
Faltando 15 minutos, Florence deu um aéreo seguido de manobras na borda, ganhou um 7,17 e disse a que veio. O brasileiro respondeu com uma nota 8,00 e um total de 15,33. O líder do ranking, no entanto, teve forças para virar o jogo. Com a nota 8,33, ele assumiu a dianteira na reta final e venceu a primeira bateria ao emplacar 15,50.
Com a necessidade de vencer Florence para levar a decisão do Circuito Mundial de Surfe para a terceira bateria, Italo voltou determinado e, já nos primeiros minutos, recebeu um 8,17. A resposta de Florence mostrou que a disputa realmente estava indefinida. Com uma bela manobra logo em sua primeira participação, ele recebeu dos juízes um 9,70.
Italo voltou a ter uma ligeira vantagem com um 3,50 e atingiu uma somatória de 11,67, mas faltando pouco mais de 15 minutos, Florence voltou a se dar bem na escolha das ondas e abriu boa dianteira. Com outra excelente nota, 8,43, ele chegou aos 18,13 pontos jogando a pressão para Italo.
O brasileiro reagiu no final, conseguiu um 8,13 e foi a 16,30. No entanto, seu esforço não foi suficiente para levar a disputa para uma terceira bateria. Florence definiu o 2 a 0 e o título deixando para Italo, o segundo lugar.
FEMININO
Caitlin Simmers, de apenas 18 anos, ficou com o título na categoria feminina nesta sexta-feira ao vencer a campeã mundial e olímpica Caroline Marks na melhor de três baterias que definiu a campeã da temporada 2024. O triunfo de 2 a 1 veio de virada. Com o feito, ela se tornou a campeã mais nova do circuito de todos os tempos.
Caroline Marks abriu vantagem de 1 a 0 no fim do primeiro encontro. A campeã olímpica emplacou um 9,60, obteve 17,43 na somatória, e superou Simmers, que recebeu 16,87 dos juízes.
A segunda bateria, que poderia ter definição da campeã em caso de novo triunfo de Caroline Marks, teve Caitlin Simmers como protagonista. Com duas notas acima da casa dos nove pontos (9,20 e 9,17), ela dominou o duelo e empatou a série com a rival, que somou 14,17.
Na terceira vez que as duas americanas foram para a água, Caitlin não deu chances para a sua oponente. Com um 8,83 ela já começou a levar vantagem sobre Marks (7,17). A número um do ranking somou mais um 6,33 e acumulou 15,16 com as duas notas. Como Caroline não conseguir pegar mais nenhuma onda, ela perdeu a bateria e deu adeus às chances de título.
A brasileira Tatiana Weston-Webb terminou a temporada com a terceira posição no ranking. Ela, que se classificou na quinta colocação no Finals, venceu as duas primeiras disputas contra a australiana Molly Picklum (4ª na lista) e Brisa Hennessy, da Costa Rica (3ª). No entanto, diante da campeã olímpica Caroline Marks, acabou eliminada.
(Com Agência Estado)
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