"É um crescimento expressivo, e é um crescimento que vem depois do único ponto negativo do ano. É um retorno, um rebatimento desse ponto negativo, que foi o de junho. E também é uma trajetória no ano muito positiva", avaliou Santos.
O pesquisador lembra que o varejo vinha de uma trajetória de crescimento nos cinco primeiros meses do ano, alcançando em maio o patamar recorde da série histórica da pesquisa. Passada a queda vista em junho, a recuperação de julho seria um ajuste nessa trajetória, reabilitação espalhada entre as atividades. Cinco setores registraram "crescimento com consistência", disse ele.
O principal impacto positivo sobre a média global do varejo em julho ante junho partiu da atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 1,7% nas vendas. Assim como o varejo, o segmento de supermercados mantém uma trajetória consistente no ano, com queda em junho seguida de uma recuperação em julho, apontou Santos.
Outro destaque em julho foi o aumento de 2,1% nas vendas do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que vem mostrando recuperação após um ano de 2023 considerado difícil, diz o pesquisador.
"Essa atividade no ano passado sofreu muito com o fechamento de lojas físicas e crises contábeis em grandes marcas que atuam no segmento", lembrou Santos.
Os demais avanços no mês ocorreram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%), tecidos, vestuário e calçados (1,8%), móveis e eletrodomésticos (1,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,1%). Houve perdas em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,5%) e combustíveis e lubrificantes (-1,1%).
Santos diz que o varejo "está mais aquecido", sustentado por fatores como a expansão do crédito a pessoas físicas, a queda na taxa de inadimplência, o aumento da massa de rendimentos em circulação na economia e a elevação do número de empregos no mercado de trabalho.
"Tem alguns fatores que estão ajudando mais este ano do que ano passado", disse.
Além disso, em julho, houve uma deflação nos preços dos alimentos, completou Santos.
(Com Agência Estado)
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