O ICF registrou a quinta retração consecutiva, mas se mantém na zona de satisfação, acima de 100 pontos. Em relação a novembro do ano passado, houve uma redução de 1,6% na intenção de consumo das famílias.
Segundo a CNC, as altas taxas de juros e a restrição de crédito continuam a impactar o consumo, especialmente em produtos de maior valor.
"As famílias com menor renda estão cada vez mais reticentes para a aquisição de bens duráveis devido ao crédito caro e às condições incertas da economia", avaliou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota. Para ele, a perspectiva de novas altas da taxa básica de juros, a Selic, deve manter a tendência de queda no consumo desses itens.
Na passagem de outubro para novembro, houve piora em quatro dos sete componentes do ICF: emprego atual, queda de 0,4%, para 126,1; renda atual, -0,2%, aos 125,3 pontos; nível de consumo atual, -1,2%, para 89,5 pontos; perspectiva profissional, +0,2%, aos 113,7 pontos; perspectiva de consumo, +0,6%, para 106,6 pontos; acesso ao crédito, 0,0%, para 94,3 pontos; e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, -2,1%, para 66,9 pontos.
A intenção de consumo recuou entre os consumidores com renda mais baixa. No grupo com renda familiar abaixo de dez salários mínimos mensais, houve queda de 0,6% no indicador em novembro ante outubro, para 99,7 pontos. Entre as famílias com renda mensal acima de 10 salários mínimos, a intenção de consumo subiu 0,1%, aos 117,2 pontos.
(Com Agência Estado)
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