"As perspectivas para a balança comercial em 2025 ainda dependem de um maior esclarecimento do cenário que irá prevalecer. Ganhos, se o Brasil tiver, seriam na área de agropecuária. Na transformação, se os países asiáticos, exceto China, continuarem com tarifas de 10%, os ganhos de calçados, vestuário, muitas vezes citados, podem não ocorrer", apontou a FGV.
A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 8,2 bilhões em março, impulsionado pelas trocas comerciais com a China, que geraram um superávit de US$ 4,2 bilhões para o Brasil em março, após dois meses consecutivos de déficits.
"Espera-se que nos próximos meses, com o envio da soja para esse mercado e possível aumento nas vendas de outros produtos da agropecuária, a depender, dos rumos da 'guerra comercial' Estados Unidos e China, os superávits se acumulem", previu a FGV.
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o Brasil teve um superávit de US$ 10,0 bilhões na balança comercial, resultado inferior ao de igual período de 2024, quando o saldo brasileiro era positivo em US$ 18,5 bilhões. O superávit no comércio com a China passou de US$ 8,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024 para US$ 745 milhões no primeiro trimestre de 2025.
O relatório do Icomex ressalta que a política comercial de Trump já tem impactos sobre o quadro monetário e financeiro, "com percepção de aumento de risco nos títulos do governo e do porto seguro do dólar".
"Se a postura de Trump pode agradar parte dos seus eleitores que identificam o resto do mundo como culpado pela situação de perda de mercados, desemprego e outros males, para o resto do mundo, os Estados Unidos está perdendo sua legitimidade. Não basta ser 'o poderoso', é preciso que os outros países reconheçam a legitimidade das ações de alguma forma. A política de Trump enfraquece o poder dos Estados Unidos na arena internacional", avaliou o relatório da FGV.
(Com Agência Estado)
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