Essa pressão se materializaria especialmente nos preços de commodities e outros bens transacionáveis, segundo o BC. "Além disso, o enfraquecimento da atividade global poderia levar os bancos centrais das economias avançadas a reduzirem as taxas de juros de forma mais pronunciada, o que tenderia a favorecer o desempenho de moedas emergentes", afirmou a instituição.
Nesse ponto, o BC chama atenção especial para a economia chinesa, que não apenas tem apresentado taxas de crescimento cada vez menores, como também enfrenta problemas estruturais. Entre eles, a autarquia cita um descolamento entre demanda doméstica e capacidade instalada, além da contração no setor imobiliário.
Sobre o segundo risco para baixo citado, de que os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global sejam mais fortes do que o esperado, o BC explica que os juros globais estão em território restritivo há muito tempo, possivelmente com efeitos cumulativos. "Caso esses efeitos sobre a inflação global se mostrem mais fortes do que o esperado, a economia brasileira poderia se beneficiar de uma menor pressão inflacionária externa", explicou.
(Com Agência Estado)
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